José “Pepe” Mujica, o presidente uruguaio que deixa o cargo neste final de semana, ficou famoso por atitudes que normalmente não são esperadas para um chefe de Estado. Relembre algumas das “mujiquices” dos últimos cinco anos de governo:
O dia em que Mujica desceu do Fusca 1978 que possui, com uma tampa de privada na mão, para conversar com jogadores de futebol
Os jogadores da equipe Huracán de Paso de la Arena treinavam em um dia cinza e chuvoso quando um deles viu um Fusca azul-celeste e seu ilustre ocupante em frente às instalações do clube. “Mas não é Pepe Mujica saindo do carro?” “Vimos que ele ia em direção à serralheria com um pacote nas mãos. Comentei com o técnico-assistente, 'o que você acha de irmos lá e falarmos com ele?', já que sabíamos que o presidente já tinha jogado na instituição que dirigimos atualmente”, contou Carlos Rodado, diretor-técnico do grupo. “Fomos e lá estava ele, com uma tampa de privada debaixo do braço.”
O dia em que Mujica deu 100 pesos a um mendigo
O dia em que Mujica ofereceu o palácio do governo para moradores de rua
Ele pediu que fosse feito um relatório listando os edifícios públicos disponíveis para serem utilizados pelos desabrigados e, após os resultados, avaliará se há a necessidade da concessão da sede da Presidência.
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O dia em que Mujica defendeu que o único bombardeio possível na Síria era o de “leite em pó e biscoitos”
O presidente uruguaio defendeu que uma ação militar não era o melhor caminho para solucionar o conflito civil no país. “Isso seria tentar apagar uma fogueira colocando mais combustível”, argumentou, em referência ao então plano norte-americano de intervenção na Síria.
Agência Efe
O dia em que Mujica pediu que um oficial da ONU responsável por fiscalização de drogas – a quem chamou de “esse velho” – não mentisse
“Diga a esse velho que não minta: comigo qualquer um se reúne na rua. Que venha ao Uruguai e se reúna comigo quando quiser. Que não fale para a tribuna”, afirmou. “Porque está em um posto internacional, acredita que pode dizer qualquer mentira.”
O dia em que Mujica disse que não iria aceitar o Nobel da Paz se fosse premiado
“Não posso nem devo aceitar prêmios pela paz nas condições deste mundo (…) O de hoje é uma loucura”, afirmou.