A presidente Dilma Rousseff criticou nesta quinta-feira (01/03) as políticas cambiais expansionistas realizadas pelos países desenvolvidos para combater a crise, que geram, segundo ela, um “tsunami monetário” no mundo.
“As condições de competitividade são adversas, não porque a indústria brasileira não seja produtiva ou que o trabalhador brasileiro não seja produtivo, mas porque há uma guerra cambial baseada numa política monetária expansionista, que cria condições desiguais”, afirmou a líder.
Dilma disse que as nações desenvolvidas não têm rigidez fiscal e lançam trilhões de dólares de forma perversa em direção ao resto dos países, sobretudo os emergentes.
Os países desenvolvidos “mostram que eles compensam essa rigidez fiscal com uma política monetária absolutamente inconsequente do ponto de vista do que ela produz sobre os mercados internacionais”, explicou a presidente.
Nesta quinta-feira, o governo publicou uma medida para estender a vigência da alíquota de 6% do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) sobre empréstimos de curto prazo tomados em instituições internacionais.
O objetivo da medida, segundo o ministro da Fazenda, Guido Mantega, é reduzir o ingresso de dólares no país, cuja cotação em relação ao real chegou a ficar abaixo de R$ 1,70 nesta semana.
“Queremos desestimular a entrada de capitais de curto prazo, porque está sobrando muito dinheiro e liquidez no mundo”, explicou o ministro.
Mantega sustentou, da mesma forma que Dilma, que esse excedente de liquidez se deve ao fato dos países desenvolvidos emitirem dinheiro que não vai para o consumidor, e sim para o setor financeiro, que o aplica nos mercados emergentes.
O ministro também reiterou que esses movimentos geraram uma “guerra cambial” no mundo, diante da qual o governo “não vai permanecer impassível”.
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