A companhia Walt Disney anunciou nesta terça-feira (05/06) que proibirá anúncios de junk food em seus programas de televisão, rádio e internet destinados para menores de 12 anos. A decisão contou com o respaldo da primeira-dama dos EUA, Michelle Obama, que classificou esse como um grande progresso rumo à “verdadeira mudança” para a saúde infantil no país.
O plano entrará em vigor a partir de 2015 e foi apresentado por Robert Iger, presidente da Disney, durante uma entrevista coletiva em Washington. “A conexão emocional das crianças com nossos personagens e histórias nos dá uma oportunidade única para seguir inspirando e animando elas a levarem vidas mais saudáveis”, avaliou o executivo ao lado da primeira-dama, célebre por sua defesa de hábitos saudáveis de alimentação.
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“Com esta iniciativa, a Disney está fazendo o que nenhuma outra grande companhia fez nos Estados Unidos e o que espero que cada empresa faça no futuro”, argumentou Michelle durante a conferência. Para a primeira-dama, ainda falta muito debate sobre a qualidade desses alimentos para a saúde das crianças.
Essa nova resolução da companhia também prevê a redução em 25% da quantidade de sódio nos alimentos oferecidos para crianças nos parques temáticos da Disney, bem como o aumento da venda de frutas e verduras nesses locais. Em 2006, a empresa já havia introduzido novas diretrizes nutricionais para proporcionar uma dieta mais saudável em seus parques.
Michelle Obama lidera a campanha LeT's Move, destinada ao combate da obesidade infantil por meio da promoção do consumo de alimentos saudáveis e da prática de esportes.
Dois meses após assumir seu cargo, a primeira-dama construiu uma horta nos jardins da Casa Branca. “Estamos nos esforçando para ensinar a nossas filhas hábitos saudáveis. Mas, quando as crianças ligam a televisão para ver seus programas favoritos, todo esse trabalho é prejudicado a cada intervalo comercial”, lembrou Michelle.
De acordo com os CDC (Centros para o Controle e Prevenção de Doenças dos EUA), a obesidade infantil no país triplicou ao longo das últimas três décadas. Em 2008, um terço das crianças norte-americanas tinham sobrepeso ou eram obesas.