Dois atentados com homens-bomba no Iraque hoje (18/7) deixaram mais de 40 mortos. No primeiro ataque, ocorrido no sudoeste de Bagdá, capital iraquiana, um homem-bomba disfarçado com uniforme militar e carregando um cinto de explosivos atacou um grupo de milicianos que esperavam para receber pagamentos, enquanto no segundo, contra a milícia sunita Filhos do Iraque, também conhecida como Sahwa, que apoia as forças de segurança iraquianas, ao menos três pessoas morreram e outros sete ficaram feridos no oeste do país.
“Havia mais de 150 pessoas sentadas no chão quando a explosão ocorreu. Eu corri pensando que era um homem morto”, disse Uday Khamis, 24, enquanto aguardava tratamento no Hospital Mahmoudiyah. “Há mais mortos do que feridos”, disse. Nenhum grupo assumiu a autoria dos ataques.
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Entre as vítimas estão membros da milícia sunita e militares do Exército iraquiano. “Quarenta e três pessoas morreram e outras 40 ficaram feridas quando um suicida se explodiu na entrada principal de uma base do Exército, onde membros dos Sahwa iam receber seu salário”, declarou uma fonte do Ministério do Interior.
Os ataques estão entre os mais sangrentos de 2010 no Iraque. As ações também são as mais graves a atingir os Conselhos de Salvação desde a criação da milícia. As milícias sunitas Conselhos de Salvação foram criadas em outubro de 2006 como parte da estratégia do então comandante das forças norte-americanas no Iraque, David Petraeus, na luta contra a insurgência ligada à rede terrorista Al Qaeda.
A primeira dessas milícias surgiu na Província ocidental de Al Anbar. O sucesso da iniciativa levou os clãs árabes das Províncias de Salahadin, Diyala, Ninawa e de algumas regiões de Bagdá a formarem seus próprios Conselhos de Salvação.
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