Duas agências de classificação de riscos rebaixaram novamente a classificação da dívida soberana da Grécia. Nesta quarta-feira (13/07), a Fitch e a Standard and Poor’s (S&P) passaram o débito grego de qualificação “B+” para “CCC”. Isso significa que a possibilidade de um calote por parte do governo grego em relação aos seus credores é real.
A qualificação “CCC” coloca a Grécia com o pior rating entre os países avaliados por essas duas agências – entre os que ainda tem nota. Alguns países, como Irã e Líbia, se encontram em situação pior, pois sequer possuem qualificação.
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Já Camarões, Gana, Equador, Líbano e Jamaica, por exemplo, são considerados, a partir de agora, melhores devedoresdo que os gregos.
Em comunicado emitido nesta quarta-feira, a Fitch assegura que a nova qualificação reflete a ausência de um novo programa da UE (União Europeia) e do FMI (Fundo Monetário Internacional) para a Grécia que seja plenamente crível e financiável.
Os analistas da Fitch asseguram que a isto se une “uma crescente incerteza em torno do papel dos credores privados em qualquer financiamento futuro, além do debilitada previsão macroeconômica da Grécia”. A Fitch considera que a inclusão do setor privado em qualquer solução “seria considerado um sinal de redução do crédito soberano, e poderia desencadear um calote”.
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O rating para a dívida a curto prazo da Fitch também oi reduzida de “B” até “C”, o que também equivale ao penúltimo degrau de qualificações da agência.
Além disso, assegura que incluir o setor privado em qualquer solução “seria considerado como um sinal de uma redução do crédito soberano e que poderia desencadear a falta de pagamento”.
A Standard and Poor’s ainda colocou a Grécia em perspectiva negativa, ou seja, ela acredita que nos próximos três meses o país deverá sofrer novos rebaixamentos.
Em nota, a S&P afirmou que crê que a possibilidade de “uma ou mais quebras [da dívida soberana grega] está crescendo significativamente. O rebaixamento do rating reflete nossa opinião de que os riscos associados ao programa de resgate da UE e do FMI aumentam, em razão do clima político e econômico cada vez mais complicado no país”.
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