Agência Efe
Pelo menos 200 mil pessoas se reuniram na Praça Salvador do Mundo para acompanhar beatificação de Romero
Em dia histórico para El Salvador, milhares de pessoas celebram neste sábado (23/05) a beatificação do Monsenhor Óscar Romero. De acordo com informações da rede Telesur, pelo menos 200 mil pessoas estão reunidas na Praça Salvador do Mundo para acompanhar a cerimônia em memória de Romero, considerado um mártir na luta pelos direitos humanos e conhecido por ser “a voz dos sem voz”.
“Em virtude de nossa autoridade apostólica proclamamos que o venerado servo de Deus, Oscar Arnulfo Romero Galdámez, bispo, mártir, pastor segundo o coração de Cristo, evangelizador e pai dos pobres, testemunha heroica dos reinos de Deus, reino de justiça, fraternidade e paz, de agora em diante se chame beato”, disse o Papa Francisco em carta lida pelo cardeal Angelo Amato.
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O pontífice também relembrou que o exemplo de vida de Monsenhor Romero é um convite para uma “verdadeira e própria reconciliação nacional” em El Salvador. “Romero, que construiu a paz com a força do amor, deu testemunho da fé com sua vida entregue ao extremo. É necessário renunciar à violência da espada e do ódio”, disse.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, também se pronunciou sobre a beatificação de Monsenhor Romeo. “Hoje me uno ao povo de El Salvador e de todo o mundo para receber com satisfação a beatificação do arcebispo Romero, uma figura inspiradora para todo o continente americano. Foi um sacerdote inteligente e um homem corajoso”, disse em uma nota oficial da emitida pela Casa Branca.
Monsenhor Romero foi assassinado em San Salvador no dia 24 de março de 1980, quando foi atingido por um disparo no peito quando rezava missa em um hospital.
O religioso salvadorenho foi um dos expoentes da luta contra a repressão e as ditaduras na América Central. O seu assassinato ocorreu dias depois de fazer um discurso no qual pediu às Forças Armadas do país para que parassem de atirar contra a população.
Agência Efe
Assassinado em 1980, Monsenhor Romero foi defensor incansável de igualdade social e dos direitos humanos
Durante os sermões nas missas que celebrava, costuma denunciar abusos cometidos em El Salvador e se mostrava publicamente solidário às vítimas da violência política.
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