Agência Efe
Zona fronteiriça entre as duas Coreias vive momentos de tensão
Um dia depois de o governo norte-coreano divulgar que está em “estado de guerra”, a Coreia do Sul anunciou neste domingo (31/03) que realizará em abril manobras militares em seu território junto com a Marinha dos Estados Unidos. O governo de Pyongyang, por sua vez, indicou seu desejo de ampliar seu arsenal nuclear.
O Exército da Coreia do Sul explicou que os exercícios militares do próximo mês consistirão em manobras e operações conjuntas para testar suas unidades. A iniciativa terá o objetivo de comprovar sua capacidade em meio ao clima de tensão na península da Coreia.
Além disso, os sul-coreanos explicaram que os marines norte-americanos que estiverem no país para estes exercícios serão convidados a participar de “discussões técnicas para a preparação de possíveis provocações da Coreia do Norte”.
Como resposta à escalada de ameaças feitas nas últimas semanas por parte do regime de Pyongyang, o Exército da Coreia do Sul disse que tentará manter em “nível alto o estado de preparação perante potenciais provocações”, informou a agência local Yonhap.
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Ao longo do mês que vem, os militares baseados nas ilhas fronteiriças do Mar Amarelo também farão exercícios aéreos e navais em diferentes lugares. Neste momento, a Coreia do Sul e os EUA realizam as manobras conjuntas anuais Key Resolve, que envolvem cerca de 10.000 soldados sul-coreanos e 3.500 norte-americanos, além da um porta-aviões e caças de combate.
Já o presidente da Coreia do Norte, Kim Jong-un, defendeu hoje a ampliação “quantitativa e qualitativa” de seu arsenal nuclear para fazer frente às ameaças dos Estados Unidos, segundo informou a agência estatal KCNA.
Kim voltou a insistir, além disso, que seu país lançará mais mísseis durante a abertura, neste domingo, da sessão plenária do Partido dos Trabalhadores da Coreia do Norte, que se reúne pela primeira vez desde setembro de 2010.
Em seu discurso, o líder norte-coreano prometeu promover a economia e o desenvolvimento de seu potencial nuclear “de maneira simultânea”.
A Coreia do Norte decidiu entrar em “estado de guerra” depois de sofrer novas sanções pela ONU, em fevereiro, e por considerar que teve sua soberania violada com os atuais exercícios militares conjuntos de sul-coreanos e norte-americanos.
(*) com Agência Efe