Em meio a uma grave crise política, o presidente ucraniano Viktor Yanukovich tirou uma licença médica devido a um diagnóstico de doença respiratória aguda e febre alta, segundo informações da sua página oficial na internet, divulgadas nesta quinta-feira (30/01).
Agência Efe
Capital do país, Kiev, permanece com muitas manifestações da oposição pró-Europa, apesar do inverno de -20°
No comunicado, Yanukovich também reconheceu ter cometido “erros”, mas acusou a oposição de “continuar a inflamar a situação” em virtude “das ambições políticas de alguns” de seus líderes. Há dois meses, o chefe de Estado enfrenta os protestos da oposição que a cada dia se intensificam. Na quarta (29/01), o primeiro presidente da Ucrânia independente, Leonid Kravchuk (1991-1994), chegou a afirmar que o país está muito próximo de uma guerra civil.
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Na terça (28/01), o primeiro-ministro do país, Nikolai Azarov, apresentou a renúncia ao cargo. Na ocasião, Sehiy Arbuzov, o vice de Azarov, assumiu como premiê interino. No domingo (26/01), os líderes da oposição ucraniana rejeitaram os cargos no gabinete do governo oferecidos pelo presidente. O objetivo da proposta era frear a grave crise política e social que atinge o país.
Os protestos começaram após o governo ucraniano se recusar a assinar um acordo com a União Europeia, optando por se aproximar da Rússia, que ofereceu um crédito de 15 bilhões de dólares a Kiev e uma redução do preço do gás. A princípio, os europeus apoiaram a revolta da população na capital. Contudo, na medida em que as manifestações ganharam uma dimensão violenta, autoridades europeias condenaram as atitudes de Yanukovich, entre elas, a adoção de leis repressivas que intensificaram episódios mais agressivos no país.