A presidente da Coreia do Sul, Park Geun-hye, colocou nesta terça-feira (29/11) seu cargo à disposição do Parlamento sul-coreano, sugerindo a possibilidade de encurtar seu mandato em meio aos crescentes pedidos por sua renúncia devido a seu suposto envolvimento em um caso de corrupção.
“Vou deixar a questão da minha partida, inclusive a [possível] redução do meu mandato, para ser decidida pela Assembleia Nacional”, disse a presidente em um discurso televisionado, seu terceiro pronunciamento desde que teve início, há mais de um mês, o maior escândalo político dos últimos anos na Coreia do Sul.
Agência Efe
Em pronunciamento televisionado, Park Geun-hye se diz disposta a renunciar à Presidência da Coreia do Sul
“Assim que os legisladores estabeleçam medidas para que a transferência de poder seja feita de maneira a minimizar o vácuo de poder e o caos na governança, eu vou renunciar”, afirmou.
O novo discurso ocorre em um momento de grande pressão sobre Park. No último sábado (26/11), quase 2 milhões de pessoas – segundo os organizadores do ato – participaram de uma manifestação em Seul e outras cidades do país pedindo sua saída do poder, no quinto dia de protestos em massa pelo escândalo “Choi Soon-sil”.
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O caso gira em torno de Park Geun-hye e sua amiga e conselheira Choi Soon-sil, a “Rasputina coreana” que supostamente interveio em assuntos de Estado mesmo sem ostentar cargo público e extorquiu empresas para obter grandes somas de dinheiro das quais se teria apropriado irregularmente, além de outras acusações.
Opositores criticam o que classificam como uma manobra de Park para evitar um processo de cassação de seu mandato. Antes do discurso da presidente, partidos da oposição anunciaram hoje que submeterão a votação provavelmente na próxima sexta-feira (02/12) na Assembleia Nacional uma moção para a cassação da presidente, cuja taxa de popularidade é de apenas 4%, a menor de um líder na história do país.
*Com Agência Efe