Na primeira viagem ao exterior desde o início da guerra civil em 2011, o presidente da Síria, Bashar al-Assad, fez uma visita “surpresa” na noite de terça-feira (20/10) ao colega russo, Vladimir Putin, em Moscou.
EFE
Reunião na capital russa ocorreu após convite de Putin (à dir)
O conteúdo do encontro foi divulgado nesta quarta-feira (21/10) pela assessoria do Kremlin. Segundo o porta-voz russo, Dmitri Peskov, a reunião girou em torno da ofensiva russa contra o Estado Islâmico e outros grupos extremistas na Síria, a pedido do próprio Assad.
“Consideramos que, sobre a base da dinâmica positiva do andamento das ações militares, a solução durável (na Síria) pode ser alcançada mediante um processo político com a participação de todas as forças políticas, de todos os grupos étnicos e religiosos”, afirmou Putin.
Além disso, o presidente russo agradeceu Assad por ter aceito seu convite para visitar Moscou, apesar da atual situação síria, classificada por Putin como “dramática”.
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“Infelizmente, no território da Síria, combatem contra as forças governamentais cidadãos de antigas repúblicas soviéticas. São, pelo menos, cerca de 4.000”, afirmou o líder russo.
Por sua vez, Assad agradeceu a Putin e à Rússia pela ajuda na luta contra o terrorismo e na defesa da soberania e da integridade Síria, afirmou o Kremlin.
“Tenho que dizer que os passos políticos dados pela Rússia desde o começo da crise impediram que os eventos se desenvolvessem de um modo ainda mais trágico”, disse o líder sírio, segundo a assessoria russa.
A reunião na capital russa ocorre há exatamente três semanas desde o início dos ataques aéreos comandados pelo Kremlin em território russo. Segundo o site de notícias Sputnik, desde 30 de setembro, a aviação russa realizou cerca de 750 golpes contra posições de jihadistas, além de 26 mísseis de longa distância lançados por navios no Mar Cáspio.