A Rússia suspendeu, nesta sexta-feira (06/11), todos os voos para o Egito como uma medida de segurança após um avião russo ter caído, ainda por motivos desconhecidos, no deserto do Sinai, matando todos os 224 passageiros a bordo.
Um representante do Kremlin veio a público afirmar que a decisão de Putin não significa que eles acreditem que a queda tenha sido causada por uma ação terrorista. O Estado Islâmico, no entanto, havia reivindicado autoria pelo acidente, que teria sido uma ação em represália aos ataques aéreos que Moscou vem fazendo ao grupo na Síria.
Agência Efe
Ministros russos do Transporte e da Defesa Civil observam os destroços do avião que caiu na Península do Sinai no último sábado
O governo também não revelou se sua decisão estava baseada em novas informações vindas da investigação do acidente. Foi dito somente que, diante dos esforços de outros países em suspender seus vôos para o Sinai e repatriar seus turistas, a Rússia se sentiu na necessidade de agir de forma similar, caso seja comprovado que o avião caiu devido a um ataque terrorista. A suspensão continuará até ser determinada a causa do acidente.
Inicialmente Putin havia descartado completamente a possibilidade de um atentado terrorista e ainda havia dito que países que estavam cancelando seus vôos para o Egito, como o Reino Unido, estavam agindo prematuramente.
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Holanda, Alemanha, Irlanda, Suiça, Itália, Áustria, Ucrânia, Bélgica e França também suspenderam seus vôos para o aeroporto de Sharm el-Sheikh na quinta-feira (05/11). O Reino Unido, além de fazer o mesmo, deu início à operação de repatriar os turistas britânicos.
As primeiras ações de evacuação, contudo, provocaram caos no aeroporto: apenas oito dos 29 vôos programados para voltarem ao Reino Unido estavam operando. Quase 20 mil britânicos ficaram presos no local devido ao cancelamento dos vôos.
O primeiro avião trazendo turistas para o Reino Unido chegou na tarde desta sexta. Segundo os passageiros, eles foram avisados que agentes do MI5 – serviço de inteligência britânico – estavam a bordo.
Agência Efe
O primeiro avião, da EasyJet, levando turistas britânicos de volta para o Reino Unido, aterrisou no país na tarde desta sexta
O acidente
As mais recentes investigação da queda do Metrojet Airbus A321 indicaram que ele provavelmente caiu devido a uma explosão dentro da aeronave, ainda não se sabe como ela foi causada. O premiê britânico David Cameron, porém, declarou na quinta que é mais provável que ela tenha sido causada por uma bomba plantada dentro do avião.
Foi informado nesta sexta que a área de busca por destroços e outras pistas que apontem para as causas do acidente foi expandida.