Barack Obama precisou se explicar nesta quarta-feira (19/06) na Europa sobre o programa de espionagem dos EUA. Pressionado por manifestantes e pela imprensa na Alemanha, o presidente norte-americano garantiu que o governo não está vigiando emails dos cidadãos, e defendeu que Washington conseguiu um equilíbrio entre “obter informações e as liberdades cívicas”.
Agência Efe
Obama discursa em Berlim
“Vidas foram salvas graças ao nosso programa de controle na internet”, disse ao lado da chanceler da Alemanha, Angela Merkel, em entrevista às agências internacionais, “não só nos EUA mas em todo o mundo, em particular, na Alemanha”, acrescentou.
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Além disso, Obama também afirmou que tornará público parte do programa de espionagem PRISM, utilizado pelo serviço de inteligência americano, com o objetivo de melhorar sua “transparência e tranquilizar a população”.
O norte-americano se comprometeu a divulgar “parte dos programas” de espionagem quando retornar aos EUA após sua viagem à Europa, que o levou primeiro para a Irlanda do Norte para a cúpula do G8 e agora para a Alemanha.
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Segundo informações da Agência Efe, o objetivo da divulgação será “compartilhar” com os cidadãos a informação, para que conheçam o alcance dos dados privados armazenados, os processos de obtenção e seu uso por parte dos serviços de inteligência.
Além disso, Obama explicou que também vai intensificar sua cooperação com a Alemanha para que tanto o Executivo de Angela Merkel como os cidadãos do país europeu saibam “que não se cometeram abusos”.
“Damos as boas-vindas a estes debates”, assegurou o presidente americano após fazer referência às estratégias que herdou da administração do presidente George W. Bush na chamada “luta contra o terror”.
Angela Merkel, tentou amenizar o clima hostil contra Obama, dizendo que é uma honra receber o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, diante do Portão de Brandemburgo, em Berlim, que a chanceler faz questão de definir como “um símbolo da liberdade”.
“O Portão de Brandemburgo, fechado durante décadas e aberto em 1989, é um símbolo da liberdade”, disse Merkel no início de seu discurso perante o emblemático monumento.