A petrolífera britânica Desire Petroleum, que ganhou uma concessão para a exploração de petróleo na região das ilhas Malvinas, começou hoje (22) a perfuração de um campo de prova para a extração do óleo, conforme informou a BBC. Estima-se que existam até 60 milhões de barris sob a água, mas apenas “uma fração poderia ser explorada comercialmente”, afirmou o porta-voz da empresa, David Willie.
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A Argentina afirma que a autorização para a exploração de petróleo na região viola sua soberania e impôs restrições à navegação no entorno da ilha há duas semanas. Todos os navios que pretendam realizar esse trajeto deverão contar com autorização prévia. No entanto, em Port Stanley, capital das ilhas, não existe preocupação com as retaliações provenientes de Buenos Aires.
“As ações tomadas pelo governo argentino não vão evitar que a exploração de petróleo continue tal como foi planejada”, declarou Phyl Rendell, diretora do Departamento de Energia das Malvinas, ao jornal kelper Penguin News.
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Nos próximos três meses outras três empresas petrolíferas britânicas (Falkland Oil & Gas, Rockhoper e Borders & Southern Petroleum) iniciarão suas perfurações na área. As licenças emitidas pelos kelpers para explorações não são reconhecidas pelo governo argentino.
A disputa sobre as Malvinas, sob controle britânico desde 1833, já foi objeto de uma guerra em 1982, quando os argentinos foram derrotados após tentarem uma invasão.
Estágio inicial
A Desire Petroleum diz que não quer se envolver nas disputas entre a Grã-Bretanha e a Argentina. “A Desire é uma companhia de petróleo e está explorando petróleo e não está se envolvendo no que a Argentina está dizendo sobre recorrer à ONU. A plataforma está localizada firmemente dentro das águas britânicas”, afirma o porta-voz da companhia. Segundo ele, a Argentina está começando seu próprio programa de exploração de petróleo nas águas a oeste das ilhas.
David Willie diz que a exploração nas Malvinas está em um estágio inicial, e mesmo se quantidades comercialmente viáveis forem encontradas, levará ainda muitos anos para que elas comecem a ser extraídas.
O ministro das Relações Exteriores da Grã-Bretanha, David Miliband, disse que a exploração britânica de petróleo na região “está completamente de acordo com a lei internacional”. O primeiro-ministro Gordon Brown também afirmou na semana passada que seu governo tomou “todas as medidas necessárias” para assegurar que as ilhas estejam protegidas.
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