A Secretaria Nacional do Imigrante, do Equador, convocou para a próxima sexta-feira (14/5) uma passeata contra a lei do estado norte-americano do Arizona que “criminaliza” os cidadãos de outros países que não estão regularizados nos Estados Unidos.
O movimento, que ocorrerá na cidade de Cuenca e contará com a participação de funcionários de outros ministérios, pede “respeito à dignidade humana”. De acordo com a secretaria, a lei em questão “transforma a imigração irregular em um delito estatal”.
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A nova norma, aprovada pelo parlamento do Arizona, prevê que a polícia possa prender pessoas baseadas apenas em seu aspecto, caso não consigam provar que vivem legalmente nos EUA. As penas previstas são seis meses de detenção, multas de até 2,5 mil dólares (4,5 mil reais) e a deportação dos imigrantes ilegais.
O presidente equatoriano, Rafael Correa, considerou que a lei é um “insulto à humanidade” e anunciou que seu governo abrirá um consulado na cidade de Phoenix, Arizona, para proteger os cerca de 10 mil cidadãos de seu país que vivem nesse estado.
Ontem, uma equipe de especialistas das Nações Unidas também se manifestou contra a norma e questionou se ela estará de acordo com o que os tratados internacionais determinam em relação aos direitos humanos.
Na semana passada, a Unasul (União das Nações Sul-Americanas), atualmente presidida pelo Equador, repudiou a lei que permite a detenção de pessoas, “de maneira discricional, por considerações raciais, étnicas, fenótipo, linguagem e status migratório”.
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