Crianças e adolescentes começam a voltar para as salas de aula na Libéria, um dos países mais afetados pela recente epidemia de ebola. Nesta segunda-feira (16/02), o país começou a reabrir suas escolas, que passaram os últimos seis meses fechadas devido à epidemia.
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Segundo a agência de notícias AP, na capital Monróvia estudantes fizeram fila nas portas dos colégios e tiveram sua temperatura medida ao entrar. Febre alta é o principal sintoma da infecção por ebola, e a transmissão do vírus só acontece durante a manifestação da doença.
UNMEER / Flickr
Adolescentes em ação contra ebola na capital liberiana, Monróvia
O vice-ministro da Educação Remses Kumbuyah declarou que mais de cinco mil kits sanitários incluindo termômetros e solução com cloro para lavar as mãos foram fornecidas às escolas. “Os estudantes devem lavar as mãos e cuidar para que não haja contato físico entre eles”, afirmou o ministro à AP. “Pedimos também aos administradores das escolas que se assegurem que não haja mais de 50 alunos por sala.”
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De acordo com a Telesur, o diretor do Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) na África Ocidental e Central, Manuel Fontaine, declarou que não espera que todas as escolas reabram imediatamente, mas que estima que em até um mês a maioria dos estudantes voltem às salas de aula. “Ao longo deste período, as autoridades trabalharão para que as condições sejam as mais seguras possíveis”, disse Fontaine.
Libéria, Guiné e Serra Leoa são os países mais afetados pela recente epidemia de ebola no continente, que desde dezembro de 2013 deixou mais de nove mil mortos na região. As escolas de Guiné reabriram em janeiro, e Serra Leoa espera que os estudantes possam voltar às aulas no fim de março.