A Casa Branca acusou nesta terça-feira (26/03) a Coreia do Norte de aumentar as tensões e intimidar outras nações, o que provocaria um isolamento do país. O Pentágono também se pronunciou, ressaltando que tomou “muito seriamente” o anúncio da agência estatal norte-coreana de que os mísseis e unidades de artilharia do país estão em “posição de combate”, mirando para os EUA e os territórios norte-americanos de Havaí e Guam.
Wikicommons (29/05/2012)
Segundo o porta-voz do Pentágono, George Little, os EUA estão preparados para responder a “qualquer contingência”
O porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, afirmou, em entrevista coletiva, que a “retórica belicista” da Coreia do Norte responde a um padrão orientado a “aumentar as tensões e intimidar outros países”, com o qual, segundo ele, o governo do país apenas conseguirá se isolar e “solapar os esforços da comunidade internacional por assegurar a paz e a estabilidade no nordeste da Ásia”.
As afirmações de Carney vêm em resposta ao comunicado difundido hoje pela agência estatal norte-coreana KCNA, de que o comando do Exército do país “situa desde este momento em posição de combate toda sua artilharia de campanha, incluindo unidades de mísseis estratégicos e de artilharia de longo alcance”.
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O Departamento de Estado norte-americano garantiu, por sua vez, que os Estados Unidos estão “totalmente capacitados e comprometidos” para defender sua população e seus “aliados” Coreia do Sul e Japão diante de qualquer ataque. A agência também divulgou que o líder norte-coreano, Kim Jong-un, dirigiu pessoalmente exercícios com fogo real no litoral do país.
“Estamos preocupados com qualquer tipo de ameaça lançada pelos norte-coreanos. Levamos tudo o que eles dizem muito seriamente”, afirmou, por sua vez, o porta-voz do Pentágono, George Little. “Estamos preparados para responder a qualquer contingência”, ressaltou.
A ação da Coreia do Norte é uma represália às manobras militares conjuntas que Seul e Washington realizam atualmente em território sul-coreano e que vêm aumentando a tensão na região. A escalada belicista do país, no entanto, é considerada por analistas como uma demonstração de força e não intenções de um ataque real.
A Coreia do Norte passou a ser sancionada pela ONU após a realização de um ensaio nuclear em fevereiro. Nas últimas semanas, Kim Jong-um realizou revistas em unidades de forças especiais localizadas nas proximidades da linha divisória com a Coreia do Sul. No último sábado, a KCNA afirmou que durante uma das revistas, o líder norte-coreano ordenou que as forças atuassem “na velocidade da luz” no caso da irrupção de uma guerra.
Conhecida como Linha Limítrofe Norte, a faixa territorial de trégua entre a Coreia do Sul e a Coreia do Norte não é reconhecida por Pyongyang, com o argumento de que esta área desmilitarizada foi determinada unilateralmente por forças da ONU após a Guerra da Coreia, entre 1950 e 1953.
*Com agências de notícias.