O porta-voz do Departamento de Estados dos EUA, Patrick Ventrell, afirmou nesta quarta-feira (02/05) que os norte-americanos não pretendem retirar Cuba da lista de países acusados de apoiar o terrorismo. “Não haverá nenhuma mudança na lista de países que patrocinam o terrorismo. Não temos planos de excluir Cuba”,afirmou Ventrell em entrevista coletiva em Washington.
Os EUA diz que Cuba deu refúgio a guerrilheiros colombianos, militantes bascos e fugitivos norte-americanos. No entanto, nunca foi provada qualquer uma dessas acusações. Estão também no relatório de “apoio ao terrorismo” Síria, Irã e Sudão.
A lista foi criada em 1979. Os países que estão no relatório não têm acesso aos recursos do Banco Mundial e de outros órgãos internacionais. Venezuela, Bolívia, Equador, Cuba, Nicaragua, Irã, Síria, Palestina e, em especial, China e Rússia criticam a postura norte-americana quanto à política contra o terrorismo.
Agência Efe
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Em 2009, os EUA divulgaram um documento, intitulado “Relatório sobre o Estado do Terrorismo no Mundo 2008”. Na ocasião, os norte-americanos afirmaram que o governo da ilha “já não apoia ativamente a luta armada na América Latina e outras partes do mundo”, contudo, “continua a dar abrigo a alguns [grupos] terroristas”, como o ETA, as FARC e o ELN, que “continuavam em Cuba” no ano passado.
Ventrell informou que na próxima terça-feira (06/05) será publicado um relatório sobre o terrorismo parecido com o de 2009. Os críticos do embargo econômico acreditam que, ao manter Cuba na lista de apoio aos terroristas, os EUA diminuem as chances de diálogo com Havana.
Por 188 votos a três, a Assembleia Geral da ONU aprovou no final do ano passado uma nova resolução de condenação ao embargo econômico e comercial que os EUA impõem a Cuba. A resolução foi a 21ª vez em que a entidade condenou o embargo a Cuba. A primeira foi em 1992, quando contou com 59 votos a favor, três contra e 71 abstenções.