A tensão crescente na Ucrânia, com o início de exercícios militares da Rússia na fronteira, foi o destaque da semana em Opera Mundi. Depois que o governo interino ucraniano anunciou uma operação “antiterror” no leste do país na quinta-feira (24/04), o ministro da Defesa russo disse que a Rússia foi “forçada” a tomar uma atitude.
Também nesta semana, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse que as movimentações ucranianas terão consequências para os que ordenaram as atividades, assim como para as relações entre os dois países. A Ucrânia, por sua vez, acusou os russos de querer a 3ª Guerra Mundial e exigiu que as tropas fossem retiradas da fronteira.
Agência Efe
Em Lugansk, manifestantes ocupam sede de Serviço de Segurança da cidade; Rússia iniciou exercícios militares
O segundo episódio da nova temporada da Aula Pública Opera Mundi, que discutiu se a Venezuela é uma ditadura ou democracia, também recebeu atenção na útima semana. O jornalista e professor de Relações Internacionais da UFABC, Gilberto Maringoni, falou sobre os preceitos básicos para se constituir uma democracia e analisou se o país de Nicolás Maduro atende aos requisitos.
NULL
NULL
Israel também esteve em foco com a campanha de contrapropaganda “Brand Israel”, iniciativa responsável por balancear o movimento de boicote, desinvestimento e sanções contra o regime israelense iniciado em 2005. Com investimentos anuais milionários do governo de Israel, a campanha envolve de instituições estatais até grupos de lobby ao redor do mundo.
Outro assunto que chamou atenção foi o aniversário de 99 anos do genocídio armênio: no dia 23, véspera da comemoração, o premiê turco, Recep Tayyip Erdogan, ofereceu seus pêsames “aos netos dos armênios mortos em 1915”, em um evento que chamou de “desumano”. No comunicado inesperado, o primeiro-ministro, entretanto, se recusou a usar a palavra “genocídio”.
O genocídio armênio começou no dia 24 de abril de 1915, deixando cerca de 1, 5 milhão de mortos. Além de constantes casos de deportação e tortura, a Armênia acusa as autoridades turcas de submeterem crianças, mulheres e idosos a terríveis condições nas chamadas “marchas da morte”. Desde 1993, a fronteira entre os dois países está fechada. As consequências do esquecimento desse evento foram abordadas em artigo de opinião em Opera Mundi.
Outro destaque esta semana foi o surto de Ebola na África Ocidental, que, após um mês, “ainda não está sob controle”, segundo o vice-diretor de operações da MSF (Médicos Sem Fronteiras), Mariano Lugli. O médico italiano alertou também para a possibilidade de que uma variação inédita do vírus pode ter surgido na Guiné.