Quinta-feira, 19 de junho de 2025
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O Exército de Burkina Fasso entrou em acordo neste sábado (01/11) e o coronel Yacouba Isaac Zida, “número dois” da guarda presidencial, vai liderar a transição do país rumo à democracia após a renúncia do ex-presidente Blaise Compaoré.

O próprio Zida anunciou ontem à noite que assumiria a presidência da transição, horas depois de outro militar, o chefe do Estado-Maior, Honoré Nabere Traoré, também se autoproclamar líder de Burkina Fasso.

Traoré e Zida se reuniram desde o início da manhã de hoje para esclarecer o que, segundo comunicado assinado pelo chefe do Estado-Maior, foi uma “confusão”.

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Enquanto isso, Compaoré afirmou em sua conta oficial no Twitter que aceitou ser o “bode expiatório” que o povo de Burkina Fasso precisa para permanecer unido.

“Aceito, se é preciso, ser o bode expiatório da união nacional”, disse Compaoré na Costa do Marfim, onde está refugiado desde ontem.

Outro líder militar também havia se autoproclamado presidente interino, mas reunião na manhã de hoje colocou fim à "confusão"

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O ex-presidente afirmou ter perdoado quem o traiu e disse aceitar todas as “humilhações” que os burquinenses acharem que ele merece, desde que sempre “permaneçam unidos”.

“Aceitei renunciar à Presidência de Burkina Fasso, deixar o poder frente à tragédia que atingia meu país. Rejeitei fazer correr o sangue dos filhos e filhas de Burkina Fasso”, declarou.

Campaoré pediu que a comunidade internacional, em especial os Estados Unidos e a França, garantam a integridade e a paz no país.

Pressionado por uma série de protestos violentos nas ruas do país, o ex-presidente renunciou ontem após 27 anos no poder, conquistado através do golpe de Estado.