O ex-presidente cubano Fidel Castro classificou nesta sexta-feira (04/03) como “valente” o esforço do mandatário venezuelano, Hugo Chávez, em propor uma missão para a Líbia a fim de evitar uma invasão como aconteceu no Iraque.
“Suas possibilidades de alcançar o objetivo aumentariam se ele conseguisse a proeza de criar um amplo movimento de opinião antes, e não depois que aconteça uma intervenção”, para que não se repita “a atroz experiência do Iraque”, escreveu Fidel, em artigo publicado nesta sexta-feira.
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Fidel também voltou a criticar o “cinismo e as mentiras com que agora querem justificar a invasão e ocupação da Líbia”.
Para ele, a preocupação fundamental dos Estados Unidos e da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) não é o país em si, mas a onda revolucionária no mundo árabe “que querem impedir a qualquer preço”.
O líder da Revolução Cubana destacou que, antes das revoltas ocorridas no Egito e na Tunísia, as relações entre os Estados Unidos e seus aliados da Otan com a Líbia foram “excelentes” durante os últimos anos.
Após a abertura ao investimento estrangeiro no setor de petróleo “obviamente, [José Maria] Aznar estava cheio de elogios para [Muamar] Kadafi e depois [Tony] Blair, [Silvio] Berlusconi, [Nicolas] Sarkozy, [José Luis] Zapatero, e até mesmo meu amigo, o Rei da Espanha, desfilaram diante do olhar zombeteiro do líder líbio. Eles estavam felizes”, conclui.
“Por que querem agora invadir a Líbia e levar Kadafi a Corte Internacional de Justiça, em Haia ?”, perguntava Fidel. “Por que não explicaram ao mundo que as armas, e sobretudo as sofisticadas equipes de repressão que a Líbia possui, foram subsidiadas pelos Estados Unidos, Grã-Bretanha e outros ilustres anfitriões de Kadafi?”.
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