A tripulação da companhia aérea British Airways anunciou hoje (12) que entrará em greve por sete dias este mês, após negociações frustradas entre a empresa e os sindicatos, segundo a agência de notícias britânica Reuters.
Segundo analistas ouvidos pela agência, a disputa pode custar à companhia aérea cerca de 140 milhões de libras (cerca de 375 milhões de reais).
O sindicato Unite disse nesta sexta-feira que seus membros entrarão em paralisação de três dias a partir do dia 20 de março (sábado) e durante quatro dias depois do dia 27. Enquanto isso, a British retirou uma oferta formal feita aos funcionários na quinta-feira, sob a condição de que o sindicato não daria datas para a greve.
EFE
“Como as datas da greve foram anunciadas, o Unite invalidou a oferta. A proposta não está mais em discussão”, disse o presidente da empresa, Willie Walsh.
Já o secretário-geral do sindicato, Len McCluskey, acusou a diretoria da British Airways de querer “destruir o sindicalismo entre os seus empregados”.
Greve na Páscoa
A tripulação de cabine não vai aderir à paralisação durante a Semana Santa em toda a primeira semana de abril, mas o Unite disse que, se nenhum acordo for fechado, mais greves podem ser convocadas após a Páscoa.
“O Unite alertou que poderia haver novas medidas após 14 de abril, se a resolução não for aprovada”, disse o advogado trabalhista Guy Lamb, do escritório DLA Piper.
“Os termos do acordo permitem que o sindicato tome outras medidas, a qualquer momento, desde que se refira a um mesmo litígio. Assim, a menos que se chegue a uma solução, podemos ver novas interrupções nos próximos meses e até mesmo no verão”, que no hemisfério norte acontece de junho a setembro.
A British Airways disse que as propostas do Unite para poupar as verbas da empresa ficaram “muito aquém” de ajudá-la a chegar à meta de cortes de 60 milhões de libras, e deixariam a tripulação em situação muito pior.
Siga o Opera Mundi no Twitter
NULL
NULL
NULL