O setor público espanhol mostrou hoje (8/6) seu repúdio ao plano de austeridade do governo, anunciado em maio. Os funcionários iniciaram uma paralisação de 24 horas contra as medidas anunciadas pelo executivo socialista, dentre elas, um corte salarial de 5% a partir de junho. O objetivo, segundo o governo, é reduzir as despesas públicas em 15 bilhões de euros em 2010 e 2011.
Javier Lizón/Efe
A adesão à greve foi de 75%, de acordo com sindicatos espanhóis
A Espanha tem cerca de 2,6 milhões de funcionários públicos. De acordo com a UGT e a CCOO, duas centrais sindicais espanholas, 75% aderiram à greve, enquanto o Ministério do Trabalho estima que apenas 16% do setor parou. Os sindicatos contestam as medidas, dizendo que o pacote não gerará crescimento econômico.
Além do corte salarial, a administração do primeiro-ministro José Luis Rodríguez Zapatero vai cortar a ajuda por nascimento de filhos e suspenderá o reajuste das aposentadorias. O plano de redução do endividamento público prevê reduzir o atual déficit de 11,2 % do PIB (Produto Interno Bruto) a 3% até 2013.
A Espanha, quarta maior economia da zona do euro, cresceu 0,1% entre janeiro e março e saiu da recessão em que havia caído em 2008. Tanto na zona do euro como na União Europeia o crescimento no período foi de 0,2%. Frente ao mesmo período do ano passado, a melhora foi de 0,5% na UE e de 0,3% entre os países da zona do euro.
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