Os generais que prenderam e tiraram do país, à força, o presidente de Honduras, Manuel Zelaya, no golpe de 28 de junho, foram impedidos de deixar o território hondurenho por ordem da Justiça hoje (15).
Após a audiência na madrugada desta sexta-feira (noite de quinta-feira Honduras) em que os comandantes militares se apresentaram no processo em que são julgados por sequestrar e expulsar ilegalmente o presidente do país, o juiz Jorge Rivera, presidente do Supremo hondurenho, emitiu a ordem que impede os réus de deixar Honduras.
Tanto o promotor do caso, Marcio Cabañas, quanto os advogados de defesa dos militares confirmaram a jornalistas que o juiz também ordenou que os seis oficiais se apresentem todo mês para assinar o livro de registro na secretaria do Supremo.
Cabañas disse que “o Ministério Público ainda tem (tempo) para estudar a medida e o termo legal para poder entrar com um recurso, se o considerar necessário”.
Os seis militares se abstiveram de prestar depoimento diante do juiz, apesar de se tratar de uma audiência de depoimentos dos acusados. Um dos advogaos disse que a defesa considera que a medida “é de meio-termo”, comentando que não concorda, mas a respeita.
Manifestantes pró-golpe
A sessão começou com mais de três horas de atraso, por volta das 18h (horário local, 22h de Brasília), embora os militares tivessem chegado por volta das 14h30 (18h30 de Brasília). A demora foi justificada por causa de uma reunião do plenário do Supremo para analisar outros assuntos.
Na entrada do prédio, os militares foram recebidos por dezenas de
ativistas da União Cívica Democrática (UCD), que apoia o Governo
golpista.
O Ministério Público de Honduras acusou os militares no último dia 6 dos crimes de abuso de autoridade e expatriação, por terem expulsado Zelaya para a Costa Rica em 28 de junho do ano passado.
A Constituição proíbe a expatriação de hondurenhos.
A Junta de Comandantes das Forças Armadas é integrada pelo chefe e o subchefe do Estado-Maior Conjunto, generais Romeo Vásquez e Venancio Cervantes, respectivamente; os chefes do Exército, general Miguel Ángel García Padgett; da Força Aérea, general Luis Javier Prince, e da Força Naval, contra-almirante Juan Pablo Rodríguez; e pelo inspetor-geral das Forças Armadas, general Carlos Cuéllar.
*Com informações da agência Efe.
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