A Casa Branca disse nesta segunda-feira (07/03) que armar os rebeldes líbios era uma opção analisada pelo governo dos EUA. Posteriormente, porém, o Departamento de Estado garantiu que o embargo sobre armas para a Líbia, aprovado pelo Conselho de Segurança da ONU, impediria a manobra.
Tanto o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, como seu colega no Departamento de Estado, Philip Crowley, foram questionados nesta segunda-feira em suas respectivas entrevistas de imprensa sobre a informação publicada pelo jornal britânico The Independent de que os EUA teriam pedido à Arábia Saudita que prestasse socorro militar aos rebeldes líbios, para evitar se envolver diretamente no conflito.
“A possibilidade de armar, fornecer armas, é uma das opções que estão sendo consideradas”, afirmou Carney.
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“A opção de fornecer ajuda militar está sobre a mesa porque nenhuma opção foi eliminada”, acrescentou, mas também lembrou que a aplicação do embargo total de armas para a Líbia, aprovado pelo Conselho de Segurança, está sendo ativamente debatido atualmente.
As declarações de Carney levaram pouco depois a uma confusão quando seu colega no Departamento de Estado assegurou que a resolução da ONU significa que “é uma violação para qualquer país fornecer armas para a Líbia”.
“Seria ilegal para os EUA fazer isso”, acrescentou Crowley. Perguntado se essa opção fica descartada, o porta-voz disse, “bom, não é uma opção legal”.
“Eu entendo que a ONU impôs um embargo de armas à Líbia. Não é ao governo da Líbia. É à Líbia”, ressaltou.
Atualmente, os EUA se centram na situação humanitária, mas seguirão consultando todas as opções possíveis com seus parceiros da comunidade internacional, dado que há muitas alternativas disponíveis, destacou.
“Mas atualmente, baseado na resolução atual do Conselho de Segurança, isso não incluiria armar nenhum grupo rebelde na Líbia”, reiterou o porta-voz.
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