O ministério das Antiguidades do Egito anunciou ter encontrado parte
dos objetos saqueados do Museu Nacional do Cairo. Os saques ocorreram
durante as
manifestações que pediam a renúncia do ex-presidente do Egito, Hosni
Mubarak. A notícia foi anunciada pelo ministro Zahi Hawas.
De acordo com comunicado divulgado nesta segunda-feira (14/02), foram encontrados um escaravelho sagrado e uma pequena estátua ushabti, considerados tesouros nacionais. Além deles, parte de um túmulo de mais de 3 mil anos foi achada na parte de fora do museu.
“Encontramos dois dos oito objetos desaparecidos fora do museu, entre um edifício governamental que foi incendiado e a tenda de presentes. Continuamos buscando e encontraremos os demais”, disse Hawas em entrevista a agência de notícias Reuters.
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Entre as peças saqueadas estão duas estatuetas do rei Tutankhamon, uma delas em madeira coberta de ouro, esculturas em calcário de Akhenaton e Nefertiti, uma estátua de pedra de um escriba de Amarna, a cabeça de uma estátua de arenito de uma princesa encontrada no vale de Amarna e onze estatuetas ushabti de madeira de Yuya. O Museu do Cairo tem 100 mil peças da antiga civilização egípcia em exposição.
O prejuízo não foi apenas no Museu Nacional do Cairo. Segundo Hawas, na noite de 11 de fevereiro, quando se anunciava a renúncia de Mubarak, houve registro de furtos em um local da zona das pirâmides de Dahshur, ao sul de Giza. No local são armazenados grandes blocos de pedra e pequenos artefatos. As autoridades egípcias ainda divulgaram quais peças foram furtadas.
Economia
Segundo o ministro de Finanças, Samir Radwan, o país sofreu perdas diárias estimadas em 310 milhões de dólares em razão das revoltas populares iniciadas em 25 de janeiro. Após 18 dias, os prejuízos totalizaram mais de 6,2 bilhões de dólares.
Radwan explicou que, por essa razão, a expectativa de crescimento econômico para o ano fiscal 2010-2011 caiu de 5,8 a 3,5 ou 4%, e informou que o governo pretende destinar cerca de 850 milhões de dólares para compensar os que sofreram danos em seus negócios ou perderam o emprego devido aos protestos.
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