Em plena crise de desemprego e enfrentado uma série de protestos, o governo da Espanha fez uma revisão nesta sexta-feira (26/04) para as previsões econômicas neste ano, com números bem mais pessimistas do que os apresentados anteriormente.
De acordo com o ministro das Finanças Luis de Guindos, a contração da economia para 2013 ficará em torno de 1,3%, contra 0,5% da meta inicial.
Outra má notícia gira em torno do déficit público. Previsto inicialmente para 4,5%, ele agora foi calculado em 6,3%.
Em relação ao desemprego, o governo acredita que o índice chegará a 27,1%. No entanto, segundo levantamento do EPA (Enquete de População Ativa) anunciado ontem (25), já verificou que 27,16% da população economicamente ativa está desativada, um recorde na série histórica iniciada em 1970. O país agora conta 6.202.700 desempregados.
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Os dados fazem parte da atualização das previsões macroeconômicas estabelecidas pelo Programa de Estabilidade, aprovado hoje pelo governo espanhol e que será enviado para a União Europeia.
Segundo as previsões, a economia espanhola voltará a crescer em 2014 a uma taxa de 0,5%. Em 2015, avançará 0,9%, e em 2016, 1,3%.
Em relação ao objetivo de déficit, o saldo negativo para o próximo ano fica fixado em 5,5%, diminuindo para 4,1% em 2015 e 2,7% em 2016.
Já a previsão para a taxa de desemprego é que ela se reduzirá para 26,1% no ano que vem e até 25,8% em 2015.