Em meio ao impasse com credores europeus, o ministro das Finanças da Grécia, Yanis Varoufakis, declarou em entrevista publicada nesta terça-feira (16/06) pelo jornal alemão Bild que não apresentará uma nova lista de reformas na próxima reunião do Eurogrupo, prevista para quinta (18/06) em Bruxelas.
EFE
Varoufakis é um marxista confesso, influenciado pelo teórico alemão desde pequeno
A última tentativa de acordo sobre resgate financeiro entre Atenas e troika (grupo representado por Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional) aconteceu no domingo (14/06) sem sucesso. Na semana passada, o FMI chegou a deixar a mesa de discussão com ministros gregos por conta de “suas diferenças”.
Para Varoufakis, que há tempos nutre desavenças com sócios europeus, as instituições fracassaram na última rodada de negociações, pois seus membros não tinham um “mandato claro e firme” para uma “solução completa” da crise.
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“Disseram que não tinham um mandato para negociações profundas sobre nossas propostas e nossas medidas para resolver a crise. Por esta razão não tivemos resultados”, argumentou. Ontem, o ministro já insistira que Atenas não assinaria uma prorrogação da crise.
Por sua vez, para a CE (Comissão Europeia), há “importantes divergências entre as partes”, as propostas gregas seguem sendo “incompletas” e o bloco já fez “muitas concessões”. Mesmo assim, a instituição considerou ser possível um compromisso antes de 30 de junho, quando expira o segundo prolongamento do resgate grego.