Nos Estados Unidos, ao menos 24 de 50 estados já autorizam o uso de maconha para fins medicinais. Ao contrário do que muitos opositores à prática acreditam, um estudo divulgado na segunda-feira (15/06) pela publicação científica The Lancet revela que a legislação não serviu de estímulo para o uso por adolescentes nessas regiões.
Wikicommons
Foi visto um declínio do uso da droga por estudantes do 9º ano em estados que aprovaram lei
“Nossas descobertas proporcionam uma forte evidência de que o uso de maconha por adolescentes não aumentou após um estado legalizar a maconha medicinal”, afirmou Deborah Hasin, autora do estudo e pesquisadora da Universidade de Columbia, em Nova York, em nota.
Embora mais adolescentes estejam fumando maconha, a legislação não é o motivo que explica o crescimento do uso. Segundo a pesquisa, não houve aumento significativo em 21 estados que é permitida a maconha medicinal.
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O estudo foi organizado a partir de uma enquete financiada pelo governo com mais de um milhão de estudantes do equivalente ao 9º ano, 1º colegial e 3º colegial de 48 estados norte-americanos entre 1991 e 2014.
Com a análise de dados, a estudo tentava descobrir se anteriormente o consumo de maconha era maior em estados que hoje em dia permitem o uso medicinal e quais foram as alterações na população jovem após a aprovação.
Os pesquisadores concluíram que o consumo da maconha já tendia a ser mais alto em estados que posteriormente a legalizaram com fins medicinais, mas eles não viram um aumento de pico depois que a legislação foi aprovada em cada região. Na verdade, foi visto um declínio do uso por estudantes do 9º ano desses estados.