A Grécia vai pedir mais dois anos de prazo para a implementação total das medidas de austeridade fiscal exigidas pela Troika (grupo formado por Comissão Europeia, Fundo Monetário Internacional e Banco Central Europeu) em troca de aportes financeiros destinados à prorrogação de sua dívida pública.
A indicação de que esse pedido será feito foi dada nesta quarta-feira (15/08) por Iannis Murmuras, assessor econômico do primeiro-ministro Antonis Samaras. As medidas de austeridade impõem duras medidas para a população, como o corte de cargos públicos, privatizações, a diminuição de salários e o aumento de impostos.
A ideia é prolongar até 2016 o período para a execução de todas as ações propostas no plano, como corte de gastos e aumento de caixa.E também permitir um ajuste mais lento do seu déficit orçamental, de 1,5% ao ano, em vez dos 2,5% previstos para agora. Atenas tem a difícil tarefa de cortar 11,5 mil milhões de euros (o equivalente a cerca de 5% do PIB grego) na despesa pública em 2013 e 2014, conforme a exigência da Troika.
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Depois que a notícia foi veiculada na imprensa, o governo da Alemanha, principal credor entre as nações e defensor da rigidez no cumprimento das medidas, já informou sua posição em relação às reformas fiscais gregas permanece inalterada, mas não demonstra totalinflexibilidade. “Claro que a chanceler irá ouvir o que Samaras tem para dizer sobre a situação na Grécia e sobre a aplicação do programa”, disse o porta-voz do governo Steffen Seibert. Segundo ele, até o final de Setembro a troika apresentará um relatório sobre os progressos gregos.
Em setembro, a UE e o FMI decidirão se emprestarão 39 bilhões de dólares como parte do segundo aporte financeiro. A taxa de desemprego no país atinge 25% dos trabalhadores.
Samaras, vai se reunir na próxima semana com o presidente da França, François Hollande, e a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, quando irá sugerir a reprogramação.