Atualizada às 12h08
A greve de servidores do Ministério das Relações Exteriores, iniciada na segunda-feira (22/08), atinge pelo menos 60 postos diplomáticos no Brasil e no exterior, segundo o Sinditamaraty (Sindicato Nacional dos Servidores do Ministério das Relações Exteriores).
A categoria reivindica equiparação salarial dos integrantes do SEB (Serviço Exterior Brasileiro) às demais carreiras típicas de Estado do Poder Executivo.
Com a greve, por tempo indeterminado, os funcionários do Itamaraty pressionam para receber o mesmo valor designado a profissionais de áreas como Receita Federal, Abin (Agência Brasileira de Inteligência) e Planejamento.
Divulgação/Sinditamaraty
Servidores fizeram protesto em frente ao Ministério das Relações Exteriores em Brasília
Nesta terça-feira (23/08), os servidores realizaram, em Brasília, uma manifestação em frente ao Palácio do Itamaraty. A manifestação começou na área interna do órgão, próximo ao gabinete do ministro José Serra.
Para a tarde desta quarta-feira (24/087), os servidores organizam uma nova manifestação, desta vez em frente ao Ministério do Planejamento.
As negociações para a recomposição salarial da categoria se iniciaram em março de 2015. O Ministério do Planejamento ofereceu, em diversas ocasiões, a proposta de reajuste de 27,9%, que seria dividida em três anos e passaria valer a partir de janeiro de 2017. Todas as vezes, porém, o sindicato rechaçou a proposta, sob alegação de que o percentual não cobre a defasagem acumulada desde 2008.
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Um estudo do sindicato sobre a remuneração recebida pelos integrantes do Serviço Exterior Brasileiro e pelos servidores de outras carreiras típicas indicou uma defasagem média de 28,48% para o cargo de assistente de chancelaria; 31,88%, para o posto de oficial de chancelaria; e 7,11% para diplomatas.
A categoria critica também a falta de diálogo por parte da cúpula do Itamaraty. De acordo com o Sinditamaraty, os servidores tentam, desde a posse de José Serra em maio, uma audiência com o novo chanceler para conversar sobre as reivindicações. Até o momento, porém, não houve retorno.
A assessoria de imprensa do Itamaraty informou a Opera Mundi, nesta terça-feira, que uma comissão de administração do Itamaraty, designada para ser responsável pelas negociações, “está em contato permanente com o sindicato”. De acordo com o ministério, um levantamento oficial da pasta sobre os serviços e o número de postos atingidos pela greve deverá ser divulgado até o final desta quarta-feira.
Veja, a seguir, uma lista de cidades onde as representações diplomáticas brasileiras aderiram ao movimento. Em alguns lugares, como Varsóvia, somente os oficiais de chancelaria interromperam a prestação de serviço.
Amã (Jordânia)
Argel (Argélia)
Atenas (Grécia)
Barcelona (Espanha)
Belgrado (Sérvia)
Belmopan (Belize)
Berlim (Alemanha)
Berna (Suíça)
Boston (Estados Unidos)
Bucareste (Romênia)
Camberra(Austrália)
Chicago (EUA)
Ciudad Del Este (Paraguai)
Colombo (Sri Lanka)
Copenhague (Dinamarca)
Córdoba (Argentina)
Díli (Timor-Leste)
Estocolmo (Suécia)
Frankfurt (Alemanha)
Hamamatsu (Japão)
Helsinque (Finlândia)
Lima (Peru)
Lisboa (Portugal)
Londres (Inglaterra)
Los Angeles (EUA)
Madri (Espanha)
Manila (Filipinas)
Moscou (Rússia)
Munique (Alemanha)
Nova York (EUA)
Cidade Do Panamá (Panamá)
Pequim (China)
Praga (República Checa)
Quito (Equador)
Santa Cruz (Bolívia)
São Francisco (EUA)
Sidney (Austrália)
Tiblisi (Geóorgia)
Tóquio (Japão)
Toronto (Canadá)
Vancouver (Canadá)
Varsóvia (Polônia)
Washington (EUA)
Xangai (China)