A Guarda Revolucionária do Irã afirmou neste domingo (07/01) que a onda de protestos contra o governo iraniano, iniciada na última semana de 2017, chegou ao fim.
Além disso, um comunicado no site oficial da corporação culpa “inimigos estrangeiros”, como os Estados Unidos e Arábia Saudita, pela instabilidade, bem como a um grupo opositor no exílio e defensores da monarquia deposta na Revolução Islâmica de 1979.
A Guarda Revolucionária do Irã, que se chama oficialmente Exército dos Guardiões da Revolução Islâmica, é uma divisão das forças armadas do país e é ligada diretamente ao aiatolá Khomeini, líder religioso dos iranianos.
Nesta manhã, o Parlamento iraniano se reuniu para uma sessão especial sobre a série de protestos registrada no país, inclusive os atos a favor do governo, que estão sendo realizadas em diversas cidades.
NULL
NULL
Wikimedia Commons
Guarda Revolucionária do Irã anunciou que onda de protestos contra o governo chegou ao fim
As manifestações antigoverno, inicialmente motivadas pelas dificuldades econômicas enfrentadas pelos jovens e pela classe trabalhadora, já deixaram 21 mortos e mais de mil pessoas presas. Os atos foram caracterizados como a maior onda de insatisfação registrada no país desde as eleições presidenciais em 2009.
Protestos pró-governo
No sábado (06/01), assim como neste domingo, milhares simpatizantes ao governo voltaram às ruas em uma reação contrária à série de protestos do final de dezembro e começo de janeiro, que tinham caráter antioficialista.
Neste domingo, as movimentações aconteceram nas cidades de Rasht, Yazd, Shahr-e Kord e Qazvin. No sábado, os protestos se concentraram em Sari, Amol, Yazd, Semnan, Kerman e Ilam.
Os atos de apoio ao governo iraniano acontecem logo após o ministro das Relações Exteriores, Mohamad Javad Zarif, qualificar a reunião de sexta (05/01) no Conselho de Segurança da ONU, requerida pelos Estados Unidos para discutir os protestos, como “outro equívoco na política externa” do governo do presidente norte-americano Donald Trump.
(*) Com Ansa