*Atualizado às 20h54
O governo de Israel e líderes do movimento islâmico Hamas confirmaram nesta terça-feira (11/10) que chegaram a um acordo sobre a libertação do soldado israelense Gilad Shalit em troca de cerca de 1.000 prisioneiros palestinos. O soldado estava em poder do Hamas desde junho, quando foi capturado na fronteira de Gaza.
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O premiê israelense, Benjamin Netanyahu, confirmou em discurso televisionado o envio da proposta de acordo para votação pelo conselho de ministros, que a aprovaram na noite desta terça. Netanyahu classificou as negociações — realizadas na última semana no Cairo com mediação alemã e egípcia — como “muito demoradas e árduas” e disse que “a decisão foi muito difícil”.
Segundo um porta-voz das Brigadas Qassam, Abu Obaidaque, a concretização do acordo acontecerá nos próximos dias, com a libertação de 450 presos, que serão enviados ao Egito. Após a entrega de Shalit, outros 550 presos serão soltos.
As Brigadas foram um dos três grupos armados palestinos que participaram da captura de Shalit durante uma incursão a um posto militar israelense na fronteira com Gaza em junho de 2006.
Nos últimos anos, Israel e Hamas fizeram negociações com a mediação do Egito, mas as divergências eram grandes sobre o número de palestinos que o grupo islâmico exigia que fossem libertados e o destino deles – Israel queria que fossem exilados ao invés de retornarem às terras palestinas.
O principal obstáculo para Israel era a libertação de aproximadamente 400 presos envolvidos em crimes violentos. O Governo do Estado judaico se negava a libertá-los ou exigia que fossem enviados à Faixa de Gaza, embora seu lugar de procedência e residência familiar fosse a Cisjordânia.
*Com informações da agência Efe
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