A Hungria recorreu à União Europeia pedindo “assistência internacional urgente” para enfrentar os efeitos do vazamento tóxico que se alastra pelo sudoeste do país desde segunda-feira. Segundo autoridades locais, a primeira necessidade é o envio de três a cinco especialistas com experiência em gestão de vazamentos tóxicos, limpeza e redução do impacto ambiental.
O bloco econômico já começa a se articular diante da maior catástrofe da história da Hungria. “Desastres como este não se detêm nas fronteiras nacionais”, afirmou a comissária de Ajuda Humanitária e Resposta às Crises da UE, Kristalina Georgieva.
O Centro de Controle e Informação (conhecido como MIC) já monitorava a evolução da situação desde o acidente que originou o desastre ambiental. Logo após o pedido oficial de ajuda do governo húngaro, feito na quinta-feira à noite, o MIC se pôs em contato com os 31 países que participam deste mecanismo para solicitar o apoio necessário.
Leia mais:
Carniceiro ou fiador da paz: as visões inconciliáveis sobre Milosevic
Fim de vistos pode fazer Sérvia crescer como destino turístico de brasileiros no Leste Europeu
Conferência para promover reconciliação nos Bálcãs gera desacordos antes de começar
Candidato opositor é o novo presidente da Croácia
Responsabilidade
Enquanto a Hungria luta para combater as graves consequências ambientais, a empresa de alumínio MAL, proprietária da represa de onde vazaram os resíduos tóxicos, nega a responsabilidade e diz que a tragédia não poderia ser prevista nem evitada. Em um comunicado oficial em seu site, a companhia declara que ainda não foi possível precisar as causas do acidente e assegura que a lama vermelha – resíduo da produção de alumínio – “não é qualificada como resíduo perigoso, segundo os padrões da União Europeia”. A fábrica ainda destaca que já foram iniciadas obras para reconstruir o dique e evitar novas rupturas.
O acidente aconteceu na segunda-feira, quando o depósito da fábrica que fica na cidade de Ajka, 165 quilômetros a oeste da capital Budapeste, rompeu-se, espalhando os resíduos. Quatro pessoas morreram e mais de 160 ficaram feridas. A lama vermelha se espalhou por várias regiões e, na quinta-feira, chegou ao Rio Danúbio – o segundo mais longo da Europa e que banha seis países. Contudo, análises nas águas fluviais apontam que o material já estava diluído e, portanto, menos tóxico.
Siga o Opera Mundi no Twitter
NULL
NULL
NULL