Os inspetores da ONU ( Organização das Nações Unidas) vão investigar o uso de armas químicas na Síria até esta sexta-feira (30/08). No sábado (31), a equipe apresenta os resultados preliminares da sua investigação, informou nesta quinta-feira (29/08) o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon. Em meio ao clima de tensão, o veredicto da equipe pode ser crucial para o desfecho de uma intervenção militar no país.
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Agência Efe
Equipe da ONU conclui as investigações amanhã (30)
Inicialmente, os inspetores deveriam deixar a Síria apenas no domingo (01), e apresentar o seu relatório mais tarde. No entanto, uma conversa entre Ban Ki-moon e o presidente norte-americano, Barack Obama, mudou a decisão da ONU com o objetivo de “tornar o processo mais rápido em um momento que cresce a tensão na região”, revela entidade.
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“Concluímos que os governo sírio fez de fato estes ataques”, afirmou Obama em entrevista ao canal PBS. Mesmo sem os resultados dos estudos da ONU em mãos, Washington afirma ter provas que o governo de Assad usou gás sarin contra população. “Se realmente decidirmos que o uso de armas químicas tem de ter repercussões, o regime de Assad receberá um sinal muito forte de que é melhor não o fazer outra vez”, declarou Obama.
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França, Reino Unido e Alemanha também dizem não haver dúvidas de a Síria usou armas químicas contra os seus cidadãos. Em Londres, cujo Parlamento vota nesta hoje (29) a autorização para uma intervenção militar com participação britânica, o Partido Trabalhista apresentou uma moção para exigir que seja identificado claramente qual o papel da ONU na operação
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Ontem, no Reino Unido, os Trabalhistas tinham já obrigado o governo conservador de David Cameron a comprometer-se a não avançar com uma acão militar antes de os inspetores das Nações Unidas apresentarem o seu relatório, submetendo-se a um segundo debate e votação na Câmara dos Comuns.
Segundo informações da imprensa norte-americana, a expectativa é que os EUA tornem públicas as provas adicionais que dizem ter sobre os ataques químicos na periferia de Damasco, que supostamente mataram centenas de pessoas e intoxicaram milhares de outras.