A Interpol recomendou neste sábado (19/03) que seus 190 países-membros reforcem a vigilância no controle de fronteira após a detenção de Salah Abdeslam, suspeito de ter sido o mentor dos atentados de novembro em Paris. A organização teme que os cúmplices do franco-marroquino tentem fugir da Europa.
“Embora seja muito cedo para especular em que direção a investigação vai seguir, qualquer um ligado a Abdeslam vai se preocupar se sua localização pode ser descoberta e tentar fugir para evitar a prisão”, disse o secretário geral da Interpol, Jürgen Stock, em comunicado.
Will Bakker/FlickrCC
Interpol sugere que países-membros reforçem vigilância nas fronteiras para evitar fugas de cúmplices de Salah Abdeslam
Para evitar que isto ocorra, a organização sugeriu que os Estados-membros intensifiquem, principalmente, a inspeção de documentos, recorrendo, inclusive, à base de documentos roubados e perdidos da própria Interpol. Essa base de dados reúne informações de 56 milhões de documentos de 172 países.
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“É vital que os países continuem cooperando e utilizem as informações disponíveis para evitar que os suspeitos escapem da rede”, afirmou Stock, que parabenizou a Bélgica pela captura de Abdeslam, mas ressaltou que ele “é só uma peça de um grande quebra-cabeça”.
Salah Abdeslam, o fugitivo mais procurado pelos atentados, foi detido em Bruxelas, capital belga, na sexta-feira (18/03). Ele é o único das dez pessoas que se acredita terem feito parte do ataque que ainda está vivo. Abdeslam deverá ser extraditado para a França nos próximos meses para enfrentar julgamento.
*com Agência Efe