O porta-voz da Comissão de Energia do Parlamento do Irã, Emad
Hosseini, afirmou ontem (15/8) que a partir de 16 de setembro a Usina
Nuclear de Bushehr estará habilitada para produzir material combustível.
Segundo ele, todas as questões levantadas sobre a usina foram
respondidas ao chefe da Organização de Energia Atômica do Irã, Ali Akbar
Salehi. Housseini disse que o início das operações da usina, depois de
30 anos de planejamento, expressam a “esperança iraniana”.
As
informações são da agência oficial de notícia do Irã, a Irna, e da rede
de televisão estatal do país, PressTV. De acordo com Husseini, as
atividades da Usina de Bushehr permitirão maior geração de eletricidade
para o Irã. Segundo o porta-voz, a iniciativa mostra ainda que a
imposição de sanções por parte da comunidade internacional “não causaram
impacto no processo de enriquecimento nem [nos planos de lançamento] da usina nuclear”.
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De
origem turca, o secretário-geral da Organização da Conferência Islâmica
(OCI), Ekmeleddin Ihsanoglu, afirmou ontem que a entidade apoia a
política externa do governo do presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad.
A organização mantém uma delegação permanente na ONU (Organização das Nações
Unidas) e representa 57 membros – de países no Oriente Médio, na
África, na Ásia e na América do Sul.
Ihsanoglu afirmou que a
organização é favorável ao desenvolvimento do programa nuclear do Irã
porque o país desempenha um “papel estratégico na região”. As críticas e
desconfianças em relação ao programa motivaram, em junho, as sanções
definidas pelas Nações Unidas, pelos Estados Unidos, pelo Canadá e pela
União Europeia aos iranianos. As restrições atingem principalmente os
setores comercial e militar do Irã.
Para parte da comunidade
internacional, o programa nuclear iraniano produz secretamente armas
atômicas. Mas o governo Ahmadinejad nega as acusações. Nos próximos dias
devem ser retomadas as negociações na tentativa de encerrar o impasse e
suspender as sanções. Para o Irã, é fundamental dar continuidade ao
acordo para a troca de urânio.
Pelo acordo, o país se compromete a
enviar 1,2 tonelada de urânio enriquecido a 3,5% para a Turquia. No
prazo de até um ano, os iranianos receberão 120 quilos do material
enriquecido a 20%. Com isso, os mediadores do acordo – o Brasil e a
Turquia – esperam acabar com as desconfianças sobre a eventual produção
atômica por parte dos iranianos.
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