Atualizado às 19:30
Agência Efe
De acordo com Agência Efe, novas vítimas foram encontradas durante o dia de hoje, subindo o número de mortos para mais de mil
Israel aceitou o pedido da ONU (Organização das Nações Unidas) para prorrogar por mais 24 horas a trégua humanitária que esteve em vigor durante todo o dia de hoje(26/07), informou o governo israelense, citados pela imprensa local. A rede Aljaazera, a CNN e portal RT confirmaram a informação.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, aprovou junto ao gabinete de Segurança do país a trégua de meia-noite no horário local (18h de Brasília) deste domingo (27). Porém, assim como ocorreu no cessar-fogo de hoje, o Exército israelense continuará a ofensiva terrestre para desmantelar túneis e conexões construídas pelo Hamas, afirmou o governo.
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O Hamas, por sua vez, afirmou que irá analisar a proposta de cessar-fogo com Israel. O porta-voz do grupo islâmico, Osama Hamdan, afirmou que o acordo só será aceito se houver garantias que Israel não desrespeite a nova trégua de 24 horas, pois “as Forças Armadas de Israel atacaram a Faixa de Gaza mesmo com o cessar-fogo estabelecido”, disse em entrevista à rede CNN.
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O braço armado do Hamas também assumiu, no fim da tarde de hoje (26), ter efetuado disparos de foguetes contra Israel ao final das 12 horas de cessar-fogo, o que seria represália aos ataques de Israel durante o cessar-fogo. Mesmo antes dos bombardeios, o governo israelense havia anunciado que estava disposto a estender a trégua humanitária, que terminou às 20h (14h, no horário de Brasília).
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O número de palestinos mortos na ofensiva israelense – chamada de Limite Protetor – subiu na noite deste sábado para 1.147, e o de feridos, a mais de 6 mil, informou o Ministério da Saúde em Gaza e divulgadas oficialmente pelas agências Efe e AFP.
Nas últimas 24 horas, o número de mortos na região é de mais de 130 – a imensa maioria civis que foram desenterrados sob escombros de casas e prédios destruídos pela ofensiva israelense.
Ainda nesta madrugada, a escalada de violência na Cisjordânia – território palestino situado à leste de Israel – resultou na morte de pelo menos 5 palestinos que protestavam contra o Exército de Tel Aviv e contra a atual operação “Margem Protetora”, em funcionamento desde 8 de julho.
A comunidade internacional busca agora convencer Hamas e Tel Aviv a aceitarem uma trégua humanitária de uma semana. “Todos nós pedimos que os envolvidos estendam o cessar-fogo militar que está atualmente em andamento”, disse o ministro das Relações Exteriores francês, Laurent Fabius, à Reuters, após reunião que incluiu os ministros e secretários da Grã-Bretanha, França, Alemanha, Itália, Estados Unidos, Catar e Turquia.
Efe
Protestantes em Hebron, na Cisjordânia, colocam fogo em barricada perto da torre de segurança de guardas de Exército israelense
Cessar-fogo humanitário
Apesar do premiê israelense, Benjamin Netanyahu, ter aceitado a breve trégua, horas antes, o Conselho de Segurança israelense havia rejeitado a iniciativa de um cessar-fogo mais duradouro apresentado no Cairo pelo secretário de Estado norte-americano, John Kerry, enviado ao Oriente Médio a pedido expresso do presidente Barack Obama.