O primeiro-ministro da Itália, Mario Monti, afirmou em entrevista publicada nesta quarta-feira (01/08) pelo jornal finlandês Helsingin Sanomat que a Itália não precisa de um resgate financeiro, mas sim de “um respiro” dos mercados de dívida.
Monti declarou que a Itália está realizando esforços para recortar seu déficit e lamentou que os mercados “sejam lentos na hora de compreender as medidas que tomamos e tudo o que conquistamos”. Nesta segunda-feira (31/07), o Senado italiano deu o primeiro passo para a aprovação de um plano de austeridade que cortará 25,5 bilhões de euros dos gastos públicos até 2014.
A visita de Monti a Helsinque faz parte de uma rodada de contatos com vários líderes europeus para tratar a situação da Zona do Euro e impulsionar o cumprimento dos acordos do Conselho Europeu de junho. A viagem começou nesta segunda-feira em Paris, onde o primeiro-ministro da Itália se reuniu com o presidente francês, François Hollande.
Ambos líderes fizeram uma chamada a favor da defesa, da consolidação e do reforço do bloco, dentro do qual consideraram que houve “progressos significativos” nas últimas semanas.
Em Helsinque, Monti se reunirá com o primeiro-ministro finlandês, Jyrki Katainen, com o comissário europeu de Política Econômica e Monetária, Olli Rehn, e com o presidente Sauli Niinistö.
A Finlândia, único país da eurozona que mantém a máxima qualificação de crédito e uma perspectiva estável, é um dos sócios que mais se opõem ao uso dos fundos europeus de resgate para comprar dívida dos países sob pressão. Monti tentará convencer os líderes finlandeses da necessidade de combater a especulação dos mercados utilizando o dinheiro depositado no Fundo Europeu de Estabilidade Financeira e no Mecanismo Europeu de Estabilidade.
O primeiro-ministro italiano concluirá sua viagem nesta quinta-feira (02/08), em Madri, onde permanecerá poucas horas e deve encontrar-se com o presidente do governo espanhol, Mariano Rajoy.
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