Após cinco meses de sequestro na Síria, o jornalista italiano Domenico Quirico e o professor universitário Pierre Piccinin da Prata foram libertados e voltaram à Europa. O italiano desembarcou neste domingo (08/09) no aeroporto militar de Roma; o acadêmico, na Bélgica, na madrugada desta segunda-feira (09/09).
O primeiro-ministro belga, Elio di Rupo, anunciou a libertação dos dois e compartilhou “o alívio e a emoção de seus familiares” com uma mensagem publicada ontem em seu perfil do Twitter.
O Ministério das Relações Exteriores da Bélgica confirmou o apoio do governo aos familiares de Piccinin e assegurou que nenhum tipo de resgate foi pago.
Agência Efe
O jornalista Domenico Quirico, sequestrado na Síria em abril, voltou a Roma
O professor foi recebido por seus familiares mais próximos e por representantes do governo local. Segundo o diretor da unidade de Crise da Bélgica, Jaak Raspas, em declarações ao jornal “Le Soir”, o professor se encontra “bem de saúde”.
Piccinin tinha desaparecido junto ao jornalista italiano Domenico Quirico no último mês de abril no limite ocidental da Síria, na fronteira do país com o Líbano.
Parentes
Após três meses de cativeiro, os sequestrados foram autorizados a falar com seus parentes em junho, uma chamada que confirmou que os reféns estavam vivos, embora só tenham sido libertados neste domingo.
NULL
NULL
Em entrevista à emissora “RTL”, Piccinin assegurou que, durante o tempo em que esteve sequestrado, ele e seu companheiro escutaram uma conversa em que os sequestradores falavam que ataque químico do último dia 21 de agosto teria sido perpetrado pelos rebeldes sírios e não pelo regime do presidente Bashar al Assad.
“É um dever moral dizer isso. Não foi o governo de Bashar al Assad que utilizou gás sarin ou outro gás de combate”, assegurou o professor belga, que, no entanto, não apresentou mais detalhes sobre a informação que escutou ao lado do jornalista italiano.
Em declarações ao jornal “La Stampa”, do qual é correspondente, Quirico confirmou ter escutado essa conversa, mas ressaltou que seria impossível confirmar a identidade dos participantes.
“É uma loucura dizer que eu sei que não foi Assad que utilizou o gás”, afirmou Quirico, se distanciando das palavras do professor belga.