A segunda juíza de Família da Guatemala, Mildred Roca, que analisa o processo de divórcio voluntário solicitado pelo presidente Álvaro Colom e sua esposa, Sandra Torres, denunciou nesta sexta-feira ter recebido ameaças de morte.
“Na manhã desta sexta-feira o tribunal recebeu uma ligação anônima fazendo ameaças de morte contra mim e minha família”, disse Mildred aos jornalistas.
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A juíza emitiria nesta sexta-feira (01/04) a sentença do processo do divórcio solicitado em 11 de março pelo casal presidencial, cuja separação legal permitirá que a primeira-dama do país se candidate às eleições presidenciais de setembro.
Mildred contou que “uma voz masculina anônima”, que se identificou como membro de um “grupo de defesa da Constituição”, a advertiu que “se emitisse nesta sexta-feira algum pronunciamento” sobre o divórcio de Colom e Sandra “algum membro da minha família seria executado”.
Após saber do incidente, a Corte Suprema de Justiça (CSJ) ordenou redobrar a segurança da juíza e pediu ao Ministério Público que iniciasse uma investigação para determinar a origem das ameaças.
A juíza assegurou que as ameaças não influenciarão em sua decisão sobre o processo de divórcio, e assinalou que as partes serão notificadas na próxima semana.
O divórcio do casal presidencial suscitou uma avalanche de críticas por parte de diversos setores da conservadora sociedade guatemalteca.
A decisão também foi censurada por líderes da oposição, que promoveram, sem sucesso, diversos recursos legais para evitar que a separação seja autorizada legalmente.
A primeira-dama da Guatemala anunciou no dia 8 de março sua decisão de concorrer como candidata presidencial pelo governista partido União Nacional pela Esperança, nas eleições de setembro, apesar de a Constituição proibir pelo fato de ela ser casada com o presidente Colom.
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