A promotoria de Hannover (noroeste da Alemanha) iniciou neste sábado (18/02) oficialmente o procedimento judicial contra o ex-presidente alemão, Christian Wulff, que renunciou após vários escândalos de corrupção.
“Ao fim de sua imunidade começa automaticamente o procedimento preliminar. Sobre os próximos passos do processo não vamos dizer mais por enquanto”, disse o porta-voz da promotoria, Hans-Jürgen Lendeckel.
O porta-voz lembrou que um chefe de Estado na Alemanha está protegido frente a um processo penal enquanto está no cargo, da mesma forma que os parlamentares desfrutam de imunidade.
O pedido feito na última quinta-feira (16) pela promotoria de Hannover ao Bundestag (Parlamento federal) para que retirasse a imunidade de Wulff por causa das investigações precipitou a renúncia do presidente democrata-cristão, correligionário da chanceler Angela Merkel, e eleito ao cargo há apenas um ano e meio.
A promotoria estuda se houve algum delito nas férias do político em Sylt (norte da Alemanha) em 2007, pagas pelo empresário David Groenewold a Wulff e sua mulher, e se o produtor e cineasta obteve algum favor em troca. Wulff afirma, no entanto, que pagou ao seu amigo pessoal pelo dinheiro emprestado.
As férias aconteceram um ano depois de o governo da Baixa Saxônia, presidido então por Wulff, aprovar a concessão de um aval de quatro milhões de euros a uma empresa de Groenewold, embora a medida nunca tenha se torando efetiva.
A crescente polêmica por supostos casos de favorecimento contra Wulff explodiu no dia 13 de dezembro, quando o popular jornal Bild publicou que em seus tempos de primeiro-ministro regional Wulff tinha aceitado um crédito privado com condições muito vantajosas de empresários amigos por meio milhão de euros, com os quais comprou uma casa.
Enquanto isso, Merkel iniciou contatos com os partidos da coalizão de governo e com os principais partidos da oposição para propor o mais rápido possível um candidato de consenso à Presidência do país.
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