A lei uruguaia que regulamentou a compra e a venda de maconha no país aguçou o interesse de laboratórios médicos do Canadá, Chile e Israel. Antes mesmo da medida que descriminalizará a produção e o comércio da planta entrar em vigor — falta a sanção presidencial —, representantes do setor farmacêutico estão procurando políticos uruguaios e organizações sociais para comprar a maconha uruguaia e, até, instalar fábricas no país.
Alguns medicamentos são feitos a partir de princípios ativos da cannabis e são usados para tratar esclerose múltipla e epilepsia infantil.
Agência Efe
A nova legislação uruguaia, aprovada em dezembro, não regulamenta, nem proíbe a exportação de maconha
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Em entrevista ao jornal El Observador, o subsecretário da Presidência do Uruguai, Diego Cánepa, confirmou a informação. Assim que a lei entrar em vigor, delegados de laboratórios estrangeiros estariam prontos para formalizar o interesse.
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De acordo com o periódico, empresas canadenses querem mais informações sobre a nova legislação uruguaia, que autoriza a venda de até 40 gramas mensais do produto em farmácias autorizadas para uruguaios e residentes do país. O cultivo de cannabis também será permitido para cidadãos e associações que se cadastrem no sistema.
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As empresas canadenses compram atualmente maconha da Holanda, mas, de acordo com o jornal, a demanda local está aumentando e encarecendo as transações. Dessa forma, aumenta o interesse por novos fornecedores – no caso, o Uruguai.
Aprovada em 10 de dezembro, a nova legislação uruguaia não prevê nem proíbe a exportação de cannabis. Contudo, a preocupação atual das autoridades uruguaias parece estar focada na regulamentação do mercado interno. “Não era um objetivo da lei”, reconheceu ao El Observador Diego Cánepa, que demonstrou entusiasmo pelo interesse estrangeiro.