O acordo de cooperação técnica assinado nesta segunda-feira (26/04), no Rio de Janeiro, pelo presidente do Líbano, Michel Suleiman, e a direção do Arquivo Nacional do Brasil vai permitir que brasileiros com origem libanesa recuperem sua nacionalidade de origem.
Até a assinatura do documento, os descendentes do país árabe tinham que optar entre as duas cidadanias. Estima-se que existem mais de 7 milhões de libaneses morando hoje no Brasil. O número representaria mais do que o dobro da população no Líbano.
“O acordo vai ser a porta de entrada do Oriente Médio para a América Latina. Os brasileiros de origem libanesa têm que deter a chave de abertura dessa porta. E faço um apelo para que voltem e registrem o nome deles para recuperar sua nacionalidade”, pediu o presidente Suleiman, que considerou o documento uma oportunidade para a população de seu país.
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Muitos libaneses saíram do Líbano, fugindo de guerras e ocupações ou buscando espaço na classe trabalhadora de outras nações. Esse processo migratório para o Brasil foi intensificado entre os séculos 19 e 20, quando o governo brasileiro criou incentivos para atrair outros povos, com a meta de cumprir o movimento de abolição e substituir a mão de obra escrava nas lavouras.
O acordo de cooperação assinado hoje também vai permitir a troca de documentos e registros históricos, econômicos e culturais e estimular um estudo sistemático das influências das duas nações reciprocamente.
Durante visita ao Arquivo Nacional, Suleiman afirmou ainda que a denúncia de Israel – que acusa a Síria de enviar mísseis para o Hezbollah, grupo islâmico apoiado pela Síria e pelo Irã – não tem fundamento. “É uma invenção estranha”, disse.
Para Suleiman, Israel está fugindo das pressões da Europa. “A guerra contra o Líbano não é fácil e Israel sabe disso. O Líbano nunca procurou a guerra. Mas se estiverem contra ele, verão que o Líbano ficará unido e enfrentará isso tudo.”
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