A cúpula militar do Exército do Islã, um dos grupos de oposição armada mais importantes da Síria, nomeou o xeque Abu Hamam Esam Albuidani como novo comandante geral, após a morte de Zahran Alloush em um bombardeio nos arredores de Damasco na sexta-feira (25/12).
Em vídeo divulgado na internet nas últimas horas, um dos membros do Exército do Islã, que não se identifica, confirmou a morte do antigo líder, que representa um duro golpe para os combatentes.
Agência Efe
Zahran Alush durante discurso em Ghouta, nas proximidades de Damasco
Em sua breve mensagem, o grupo afirmou que o assassinato de Alloush “vai fortalecer a determinação para lutar contra o regime [sírio] e erradicá-lo”.
O Exército sírio disse ter matado Alloush e vários líderes das organizações terroristas Exército do Islã, Legião al Rahman e Movimento Islâmico dos Livres de Sham em uma “operação especial” realizada contra as bases desses grupos na região de Ghouta Oriental, ao oeste da capital síria.
Em comunicado emitido na noite de ontem, as Forças Armadas sírias asseguraram que a aviação governamental realizou uma operação que teve como alvo reuniões desses terroristas, o que resultou a morte de Alloush e um “grande número” de líderes de sua organização, assim como dos outros grupos.
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O Exército sírio responsabilizou essas facções armadas de oposição de tendência islamita pelo “lançamento de mísseis contra civis em Damasco e seus arredores”, segundo a nota citada pela agência de notícias oficial Sana.
O Observatório Sírio de Direitos Humanos também informou sobre a nomeação de Albuidani como novo líder do Exército do Islã, segundo confirmaram várias fontes.
De acordo com a ONG, que conta com uma ampla rede de ativistas no local, Alloush perdeu a vida ontem junto a outros cinco líderes do grupo em um bombardeio contra uma base em Ghouta Oriental.