O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou hoje (17) em Copenhague, que o Brasil vai precisar do apoio dos países desenvolvidos para obter melhores resultados no controle da preservação ambiental.
“A fragilidade de alguns países não pode servir de pretexto. A hora de agir é esta. O veredicto da história não poupará os que falharem com sua responsabilidade neste momento”, disse em discurso na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas.
“Se quisermos realmente ser ambiciosos, devemos almejar o patamar de 40%”, afirmou o presidente, após mencionar o relatório do IPCC (Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas) sobre mudanças climáticas concluído em 2007.
O documento do IPCC, resultado do trabalho de 2500 cientistas de 130 países que analisaram pesquisas sobre clima, foi lançado em 2007 e trouxe a público, pela primeira vez, a convicção embasada em fatos de que a ação humana é responsável pelo aquecimento do planeta. Trouxe também a estimava de que a temperatura média global vai aumentar até quatro graus centígrados em média ainda neste século, entre outras previsões e constatações.
“O controle do aquecimento global depende de um esforço coletivo”, concluiu Lula.
Financiamento
O presidente mencionou o valor de 160 bilhões de dólares para financiar o compromisso voluntário brasileiro de corte de gases-estufa até 2020. Um número parecido, 166 bilhões de dólares, já havia sido divulgado ontem pela ministra Dilma Rousseff. Cerca de dois terços do dinheiro seriam empregados para construir usinas hidrelétricas já previstas no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).
Ao falar sobre a verba, Lula fez referência à indefinição de quanto os países desenvolvidos irão desembolsar para o fundo climático na COP 15, afirmando que “a fragilidade de uns não pode servir de pretexto para recuo de outros”.
“Se ficarmos à espera do lance dos nossos parceiros, podemos descobrir que é tarde demais”, disse.
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