O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, denunciou nesta segunda-feira (14/04) a preparação de um golpe de Estado na Venezuela pela oposição. “Maioria é maioria e a democracia deve ser respeitada. Não podem buscar emboscadas, invenções para deixar vulnerável a soberania popular (…) isso só tem um nome: golpismo. Quem pretende deixar vulnerável a maioria da democracia o que está é chamando um golpe. Um golpe está a caminho”, afirmou Maduro durante proclamação de sua presidência pelo CNE (Conselho Nacional Eleitoral).
“Não foi uma campanha eleitoral, foi uma guerra contra o povo. Tiraram a eletricidade do país. Fizeram uma guerra brutal e psicológica”, disse Maduro. Na eleição presidencial deste domingo (15/04), o candidato chavista conquistou 7.559.349 votos (50,75%), enquanto o opositor Henrique Capriles, 7.296.876 votos (48.98%). Em coletiva hoje, Capriles anunciou uma série de ações, como atos e panelaços, para rechaçar a cerimônia realizada pelo órgão eleitoral.
Agência Efe
Nicolás Maduro deixa o CNE após ser proclamado presidente eleito da Venezuela
Pouco depois das declarações de Capriles, o chefe do comando de campanha Hugo Chávez, Jorge Rodriguez, também fez alertas sobre a possibilidade de um golpe na Venezuela. O que existe por trás de suas palavras de hoje, Senhor Capriles, é um golpe de Estado em andamento, um golpe contra as instituições, e o denuncio ao mundo inteiro. Não voltem a recorrer à aventura golpista”, afirmou Rodriguez.
Rodriguez acusou Capriles de “estar convocando a confrontação de irmãos contra irmãos”, alertando sobre uma tentativa de desestabilização. “Não tenha dúvidas de que nós vamos defender o resultado, a democracia, a Constituição e o legado de Hugo Chávez”, sublinhou o chefe do comando oficialista. “Não caiam nesse chamado à confrontação”, pediu à população.
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