Dois dias após tomar posse como presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou na noite deste domingo (21/04) os integrantes de gabinete de seu governo. Das 32 pastas, 17 passam a ter novos ministros, enquanto outras 15 continuarão a gestão iniciada com o falecido presidente Hugo Chávez.
Elías Jaua, ministro de Relações Exteriores, Ernesto Villegas, ministro de Comunicação e Diego Molero, da Defesa, foram mantidos em suas pastas. Também contiua como vice-presidente da República, Jorge Arreaza, ex-ministro de Ciências e Tecnologia e genro de Chávez, designado por Maduro para o posto, logo após o falecimento do então presidente venezuelano.
O ministério da Presidência e de Acompanhamento da gestão continua chefiado por Carmen Meléndez, que, segundo Maduro, tem como prioridade o desenvolvimento da missão “Eficiência ou Nada” – projeto anunciado durante sua campanha eleitoral para combater a burocracia e a corrupção.
Agência Efe
Elías Jaua será mantido como ministro das Relações Exteriores; Muitas pastas continuarão dirigidas por ministros da gestão de Chávez
Entre os anúncios está a criação de uma vice-presidência de Economia, que incorpora agora a gestão Financeira e Produtiva, que será liderada por Nelson Merentes, então presidente do Banco Central da Venezuela.
“Precisamos de um governo econômico (…) para dirigir uma economia complexa, de transição ao socialismo”, disse Maduro em rede nacional de televisão.
“Temos que controlar a inflação, Nelson Merentes dizia que podemos conseguir a inflação de um dígito em três anos, e vamos conseguir (…) Para isso precisamos produzir, controlar os fatores especulativos, que sabotam por sua via direta e indireta a formação dos preços na Venezuela, precisamos garantir cada vez mais produtos feitos no país”, complementou, designando Merentes para a pasta de Finanças.
Outros ministros que vão manter seus cargos são Jorge Giordani (Planejamento, que se separa do de Finanças), Ricardo Menéndez (Indústria), Maryann Hanson (Educação), María Cristina Iglesia (Trabalho), Juan García Toussaint (Transporte), Ricardo Molina (Moradia), Rafael Ramírez (Petróleo e Mineração), Aloa Nuñez (Povos Indígenas), Iris Varela (Assuntos Penitenciários), Rodolfo Torres (Banca Pública) e Francisco Sesto (Transformação).
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Para a pasta de Energia Elétrica foi designado Jesse Chacón e para a de Turismo por Andrés Izarra, também ex-ministro de Comunicação de Chávez. Diversas pastas, no entanto, serão renovadas.
Agricultura e Terras terá como ministro Iván Gil, enquanto os ministérios da Mulher e Juventude terão, respectivamente, Andreína Tarazón e Héctor Rodríguez. O ministério de Interior passa a ter uma nova agenda e nomenclatura – Interior, Justiça e Paz – e fica a cargo do general Miguel Rodríguez Torres. O então ministro da pasta, Néstor Reverol, voltará a assumir o Escritório Antidrogas do país.
Já ministério de Educação Superior será liderado por Pedro Calzadilla, o de Comércio por Alejandro Fleming, o de Saúde por Isabel Iturria, o de Ciência e Tecnologia por Manuel Fernández, o de Ambiente por Dante Rivas, o de Transporte Aquático e Aéreo pelo general García Plaza, o de Comunas por Reinaldo Iturriza, o de Cultura por Fidel Barbarito, o de Alimentação por Félix Osorio e o de Esportes por Alejandra Benítez.
Após o anúncio de Maduro, o ministro da Defesa Diego Molero agradeceu sua manutenção na pasta. “Agradeço sua confiança e reitero meu compromisso com a Pátria e com o legado do comandante eterno”, escreveu em sua conta de Twitter ao presidente do país.