A COB (Central dos Trabalhadores Bolivianos), maior organização sindical do país, encerrou a greve geral que completaria duas semanas nesta quarta-feira (22/05), depois de aceitar proposta do governo de aumentar a aposentadoria e revisar a lei de pensões.
Efe (20/05/2013)
Uma das manifestações organizadas pela COB ao longo das duas semanas de greve se concentrou na capital, La Paz
Uma reunião da Central determinou que todos os trabalhadores retomassem seus postos de trabalho a partir dessa quarta-feira, informou o líder da organização, Juan Carlos Trujillo. Ele aproveitou para se defender das acusações de que o protesto, iniciado em 6 de maio, fazia parte de uma conspiração contra o governo de Evo Morales.
“Os trabalhadores do país têm sido defensores, construtores da democracia e a COB demonstra, com firmeza, que garante o Estado democrático em nosso país”, enfatizou o líder sindical. As manifestações mais intensas ocorreram durante quase duas semanas em La Paz, capital que abriga a sede do governo, onde os trabalhadores tentaram furar à força o forte esquema de controle policial na Praça de Armas, sede dos poderes Executivo e Legislativo.
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Os sindicatos reivindicavam uma aposentadoria com valor integral dos salários dos últimos dois anos, mas o governo concedeu 70% e a possibilidade de rever a lei das pensões. Para os mineiros com 30 e 35 anos de contribuição, a renda da aposentadoria será de 70%. Para os demais setores, a renda também será de 70%, mas com 35 anos de contribuição obrigatória, explicou o secretário de Finanças da Central dos Trabalhadores, Oscar Tapia.
A suspensão da greve significa o retorno ao trabalho de cerca de 4.500 trabalhadores da mina estatal Huanuni, maior produtora de estanho do país, localizada nos Andes bolivianos. O governo reduziu recentemente a idade de aposentadoria de 65 para 58 anos para trabalhadores do setor mineiro.
* Com informações da AFP e ABI (Agência Boliviana de Notícias)