Aproximadamente 65 mil pessoas protestaram neste domingo na ilha e Okinawa, no sul do Japão, contra a presença de bases militares dos Estados Unidos na região. O número de manifestantes foi divulgado pelos organizadores.
Agência Efe
Protesto foi o maior dos últimos 20 anos na região
O protesto foi organizado após o assassinato de uma mulher japonesa, cometido por um contratista da base militar dos EUA na ilha. Entre os cartazes exibidos pelos manifestantes estavam dizeres como “Não às bases dos Estados Unidos” e “Fora Fuzileiros Navais”.
Em 19 de maio, Kenneth Shinzato, de 32 anos, foi preso após admitir ter estrangulado e apunhalado Rina Shimabukuro, de 20 anos.
O crime reativou a polêmica a respeito da presença militar dos EUA na ilha, onde estão 30 mil militares e contratistas norte-americanos.
Os presentes assinaram um manifesto no qual solicitam a retirada de todas as bases militares de Okinawa. O texto também pede que o pacto firmado em 1960 entre o Japão e os EUA, que dá jurisprudência aos EUA sobre as bases, seja revisto.
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De acordo com o tratado, crimes cometidos nas bases dos EUA não podem ser julgados pelo Japão e sim pelo país norte-americano.
O abaixo-assinado também pede que a Casa Branca peça desculpas à família da vítima e a todo o povo de Okinawa.
O protesto de hoje foi o maior desde outubro de 1995, quando cerca de 85 mil pessoas foram às ruas após três soldados norte-americanos terem estuprado uma menina de 12 anos.