O Movimento Social de Aysén pediu ao governo a retomada do diálogo para solucionar o conflito na região da Patagônia chilena. Como sinal favorável a um acordo, os manifestantes flexibilizaram os bloqueios de estradas para os veículos particulares.
Há mais de 20 dias, teve início uma manifestação contra o aumento do preço dos combustíveis e o racionamento energético na região. Atualmente, o movimento social se ampliou e já tem novas reivindicações, inclusive por maior autonomia.
O porta-voz do movimento, Iván Fontes, disse que as estradas serão abertas para os principais municípios a todos os automóveis menores e será assegurado o abastecimento a veículos de emergência e serviços básicos. Fontes solicitou, em contrapartida, que o Executivo mostre também que está disposto a dialogar, sobretudo com relação ao subsídio dos combustíveis, ponto fundamental das reivindicações regionais.
“Esperamos que o presidente Sebastián Piñera reconheça este esforço e confiamos em que não haverá problemas para que alguma autoridade nacional se reúna com o movimento social para avançar”, afirmou em comunicado.
Sobre as preocupações do sindicato empresarial sobre desabastecimento de produtos essenciais na região, Fontes apontou que “as pessoas humildes, às quais não lhes resta nem chá, continuam disponíveis para a mobilização”. E completou: “os empresários estão preocupados com seu dinheiro e, em vez de se queixarem com o movimento, deveriam queixar-se com o governo”.
Segundo fontes oficiais, o governo analisará nesta segunda-feira (05/03) se o ministro de Energia, Rodrigo Alvarez, vai retornar ao local para restabelecer o diálogo.
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